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Empresas lideradas por mulheres são mais inclusivas

Informa DB concluiu que nestas empresas, quase oito em cada dez equipas de gestão são mistas e só 22% exclusivamente femininas, enquanto nas lideradas por homens nem metade (48%) são mistas e 52% são constituídas apenas por homens.
21 Março 2024, 13h10

As empresas lideradas por mulheres são mais inclusivas, uma vez que quase oito em cada dez (78%) equipas de gestão são mistas e só 22% exclusivamente femininas, enquanto nas lideradas por homens nem metade (48%) são mistas e 52% são constituídas apenas por homens. No entanto, não têm muitas diferenças de aplicação dos critérios ESG (sustentabilidade) entre si.

A conclusão consta da 14ª edição do estudo “Presença Feminina nas Empresas em Portugal”, elaborado pela consultora Informa D&B e apresentado esta quinta-feira numa conferência da revista “Executiva”, que decorre no Porto.

A diretora geral da Informa D&B diz que, apesar da preparação académica das mulheres, têm pouca representatividade em órgãos de gestão e liderança: só um terço (30%) ocupa posições de gestão e 27% de liderança. A discrepância acentua-se à medida que se sobe na hierarquia, tendo em conta que 17% estão na direção geral e 16% nos conselhos de administração.

Na sua intervenção durante este encontro, Teresa Cardoso de Menezes informou ainda que as grandes empresas são onde existe menor percentagem de mulheres gestoras e líderes, o que é notório sobretudo em sectores com uma gestão predominantemente masculina, como a indústria manufatureira. “Fica claro que há ainda um grande caminho a percorrer em direção à paridade de género na gestão das empresas, já que a evolução é praticamente nula desde 2017”, de acordo com os autores do relatório.

“Existem, no entanto, cargos maioritariamente ocupados por mulheres. Em funções de direção executiva, as direções de qualidade/técnica e de recursos humanos são ocupadas em mais de metade dos casos por mulheres (59% em ambas os casos). Embora ainda sem representatividade no total dos cargos, a direção de sustentabilidade, uma das mais recentes a ser criada, tem uma elevada presença feminina”, lê-se nas conclusões do inquérito da Informa D&B.

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