Sofia Reis Jorge
Administradora do Grupo Altri para a Sustentabilidade, Risco, Comunicação, Pessoas e Talento
Os critérios ESG já definem, há alguns anos, a atuação do Grupo Altri. Desde 2020, estão identificados os principais objetivos de sustentabilidade para o Grupo, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que permitiram a definição das metas para o “Compromisso 2030” da Altri. Deu-se particular destaque a sete dos ODS, tendo sido estabelecidas 12 metas que assumem lugar central na tomada de decisão em todos os projetos.
A Altri está focada em alcançar essas metas que passam pela proteção da floresta, origem da matéria-prima de base do Grupo Altri, atuando no sentido da promoção e conservação da biodiversidade.
Ao mesmo tempo, trabalha-se continuamente no sentido de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, quer através da redução do consumo de energia, bem como da utilização de fontes de energia renovável e da melhoria da eficiência dos processos produtivos, nas três unidades de industriais. Simultaneamente, está a ser realizado um esforço de reduzir de forma expressiva o uso de água, sendo a Celbi já uma referência a nível mundial neste indicador.
É realizado um acompanhamento constante das metas definidas, assistindo-se a uma evolução positiva em praticamente todas elas desde a sua definição. Considera-se a evolução positiva das metas uma grande oportunidade, pelo impacto positivo na pegada ambiental do Grupo, mas também pelo impacto económico que tem, posicionando a Altri num local confortável para aproveitar as oportunidades desta nova economia, que não valoriza apenas os fatores económicos.
Entre as oportunidades identificadas está a possibilidade da construção de uma nova unidade industrial, para a produção de fibras têxteis sustentáveis, na Galiza. É um projeto estruturante para a indústria, quer a nível da bioeconomia e da circularidade, quer ao nível de gestão energética e da utilização de recursos naturais, utilizando tecnologia de ponta, sobre o qual será anunciada a decisão final de investimento na primeira metade do próximo ano.
Carlos Jesus
Country Manager da Colt Portugal e VP Global Service Delivery da Colt
A Colt considera que enquanto empresa é responsável por abordar as alterações climáticas e tornar o mundo num lugar melhor, reduzindo as emissões de gases poluentes e ajudando os seus clientes na sua jornada de sustentabilidade. O nosso impacto não pode ser subestimado e é por isso que a sustentabilidade é um pilar fundamental da nossa estratégia. Já estamos a trabalhar nisto há vários anos, assumindo plena responsabilidade pelas nossas emissões e estabelecendo objetivos claros no Grupo Colt nestas matérias. A Colt tem várias iniciativas centrais a nível do ESG: Comunidade, Governação, Inclusão & Diversidade, e Sustentabilidade Ambiental.
Obtivemos recentemente a classificação Gold do principal fornecedor mundial de classificações de sustentabilidade, a EcoVadis, pelo nosso desempenho ambiental, social e de governação (ESG) e uma classificação B pela Carbon Disclosure Project (CDP) para o desempenho ambiental da empresa. A longo prazo, a estratégia da Colt é criar uma rede “lean”, verde e modular, através da qual a otimização será contínua. A nossa estratégia de redução das emissões de carbono é conjunta, reunindo a Colt e a COLT DCS. Estamos focados na redução interna do carbono em todas as nossas operações e serviços. Nesse sentido, medimos e divulgamos o nosso impacto climático e reduzimo-lo.
Queremos alcançar uma redução do carbono de 47% até 2030 para cumprirmos a ambiciosa meta de limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus. Passaremos a usar 75% de eletricidade renovável nas nossas instalações em todo o mundo até 2023. Estamos também a descarbonizar a nossa frota automóvel interna através da eletrificação, e comprometemo-nos com termos 75% da frota totalmente elétrica até 2030 – meta provisória de 38% da frota até 2025. Iremos igualmente reduzir em 93% as emissões da cadeia de abastecimento, garantindo que os nossos principais fornecedores até 2025 em termos de emissões de GEE estão alinhados com a meta de limitar o aumento das temperaturas a 1,5 graus. Continuamos a adotar tecnologias energeticamente eficientes para transformarmos a nossa rede e os centros de dados e para melhorarmos a nossa eficiência energética, reduzindo as emissões em 28%.
José Pimenta da Gama
Managing partner da McKinsey & Company Portugal e Espanha
Hoje em dia, as dimensões ESG são reconhecidas como fundamentais para a criação de valor e desempenho das empresas – por exemplo, a valorização nos mercados de capitais de fundos compostos por empresas líderes em ESG superaram o resto do mercado em 1% a 1,6% por ano na Europa e APAC nos últimos cinco anos.
A inclusão consciente de dimensões ESG na estratégia das empresas tem impacto positivo na atração de investimento (crescente importância do perfil ESG na alocação de capital dos investidores), de talento (70% dos Gen Z dizem ser mais provável trabalharem para empresas com uma estratégia assente em ESG), e de clientes (50% dos consumidores dizem estar dispostos a pagar um premium por marcas e produtos sustentáveis e alinhados com os seus valores).
Ao integrar considerações ESG na estratégia e sua execução, as empresas conseguem também identificar e gerir riscos e oportunidades que não são identificados com análises meramente financeiras, assegurando que os negócios são sustentáveis e com impacto positivo numa perspetiva mais abrangente. Esta visão “holística” tem em conta impactos financeiros, sociais, ambientais, nos consumidores, colaboradores, entre outros.
Apesar de a grande maioria das empresas já estar envolvida numa jornada ESG, é imperativo que as empresas tenham esta visão e ambição mais abrangente para conseguirmos, país, empresas e sociedade, promover o crescimento sustentável e inclusivo.
Sónia Cardoso
Diretora de Sustentabilidade da Sonae
As pessoas e o planeta são prioridades estratégicas da Sonae. Por isso, desde cedo assumimos compromissos públicos em matéria de sustentabilidade e criámos “roadmaps” para melhorar continuamente o nosso desempenho. Por exemplo, desenvolvemos Planos para a Igualdade de Género, com metas desafiantes para a liderança no feminino, e anunciámos o compromisso de neutralidade carbónica em 2040, antecipando em dez anos a meta definida pela União Europeia, e estabelecendo um objetivo intermédio de, até 2030, reduzir em 54% as emissões próprias face a 2018.
Estes compromissos estão inclusive refletidos na nossa gestão financeira: temos contratualizadas operações de financiamento com enquadramento sustentável, “Green” ou “ESG Linked”, de mais de mil milhões de euros. Este valor representa mais de 60% das linhas de financiamento de médio e longo prazo das empresas consolidadas integralmente pela Sonae, entre linhas utilizadas e disponíveis, sendo que na holding este valor já superou os 90%.
O trabalho que desenvolvemos tem sido reconhecido com vários prémios e distinções a nível nacional e internacional, onde se incluem o “rating” de liderança atribuído pelo CDP ou a inclusão no Bloomberg Gender Index, os quais demonstram a seriedade, transparência e alinhamento da Sonae com as boas práticas ESG e expectativas dos investidores.
Conscientes do nosso papel na sociedade, além de implementarmos internamente as melhores práticas de sustentabilidade, procuramos também disseminar e incentivar essas boas práticas junto dos nossos principais stakeholders. Um dos exemplos desta proatividade de atuação é a criação de uma solução de “confirming” com base em critérios ESG, pioneira na Ibéria, que permite aos fornecedores beneficiarem de condições financeiras mais vantajosas em função do cumprimento de critérios de sustentabilidade. A parceria inovadora estabelecida com o Banco Santander Portugal permite aos fornecedores do Grupo Sonae abrangidos por este acordo anteciparem os seus recebimentos com condições vantajosas, tendo em conta o desempenho em indicadores ambientais, sociais e de governo corporativo.
Acreditamos que através desta atuação integrada, a Sonae está a contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e para o nosso propósito de criar hoje um amanhã melhor, para todos.
Pedro Fraga
Fundador e CEO da F3M
Seria muito fácil responder que não terão influência, pois é algo presente na empresa há vários anos, mas não seria totalmente real. É factual que há preocupações que são presença constante na F3M desde a sua fundação, em 1987, mas também é factual que o aumento da perceção de vários dos “temas ESG” por parte do board da empresa e, fundamentalmente, dos seus colaboradores, tem feito com que a nossa postura seja hoje muito mais ativa.
Instituímos uma cultura “eco-friendly” e temos vindo a promover a sustentabilidade ambiental com ações concretas. É importante termos colaboradores que se envolvam e sintam que a empresa revela genuína preocupação com o ambiente e as pessoas. Reconhecendo que a nossa atividade (software e serviços na área das TIC) não é das que deixa uma maior pegada ecológica, tal não nos deve inibir de um trabalho contínuo a esse nível, pois os nossos colaboradores e clientes podem, cada um à sua medida, melhorar. O nosso envolvimento com o Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga levou-nos a definir um conjunto de KPIs, que monitorizamos e nos permitem melhorar em termos de conservação ambiental.
Na F3M, sempre nos preocupámos com a sociedade, sendo a responsabilidade social uma das nossas principais bandeiras de atuação. Temos investido em ações que procuram promover um mundo mais justo e equitativo. Voluntariado, atribuição de incentivos aos colaboradores são exemplos do que fazemos e queremos continuar a fazer.
Só pessoas fortemente envolvidas com a organização e tratadas com profundo respeito (para nós valor supremo numa organização), podem ser “contribuintes ativos”. Muitos anos consecutivos como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal mostram-nos que os caminhos do respeito, aposta na diversidade, inserção na comunidade, proximidade entre administração e colaboradores, cumprimento da legislação laboral garantem que, mais do que negócio e criação de emprego, deixamos algo de positivo para a sociedade.
Franco Caruso
Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Brisa
No desenvolvimento do plano estratégico para o ciclo 2021-2025, a Brisa definiu uma nova aspiração para o seu negócio, que implicou o redesenho e evolução da estrutura organizacional.
Esta mudança contempla vários objetivos para os três pilares ESG que impactam diretamente com a atividade da Brisa e visam também assegurar o alinhamento com essas metas em todos os processos e na cadeia de valor.
Na vertente ambiental, a Brisa instituiu três grandes objetivos; reduzir em 60% as emissões de carbono até 2030 e ser Carbono Zero até 2045; aumentar a recuperação e regeneração da biodiversidade e dos ecossistemas; e implementar a economia circular a 100% nas compras e fornecimentos até 2030.
Ao nível da paridade de género, a Brisa quer ter 30% das posições de liderança assumidas por mulheres e duplicar o número de mulheres em posições de gestão de primeira linha até 2025.
A inclusão social é determinante para erradicar a pobreza e garantir igualdade de oportunidades e, neste sentido, a Brisa tem um programa que apoia dezenas de organizações não governamentais e instituições de cariz social de várias áreas e pontos do país.
Na Brisa, a área de ESG é uma responsabilidade assegurada pelo presidente da Comissão Executiva (CE), partilhada com os restantes membros da CE, tendo todos objetivos ESG no seu modelo de avaliação. O conselho de administração também acompanha o percurso da empresa nestes temas e, desde 2021, existe um comité ESG onde têm assento três membros da comissão executiva, três peritos representantes dos acionistas e um conjunto de dirigentes das várias áreas e unidades de negócio do grupo.
A Brisa tem ainda uma direção no centro corporativo dedicada à sustentabilidade, que abrange todas as unidades de negócio.
Sofia Santos
Professora no ISEG e Sustainability Champion in Chief na Systemic
Os critérios ESG constituem hoje fatores essenciais à gestão de qualquer empresa, e cada vez mais relevantes para os fundos de investimento, bancos, seguradoras e investidores em geral.
O clima é hoje reconhecido pelos bancos centrais como um fator de risco financeiro, tendo o Banco Central Europeu esta semana identificado o clima como um dos três pilares prioritários para os supervisores, chamando assim a importância para a necessidade de os bancos identificarem a sua exposição aos riscos climáticos físicos e de transição.
O Comité de Basileia também já identificou, em 2021, a existência de canais de transmissão entre os riscos climáticos físicos e de transição, e os impactes que estes poderão ter a nível micro e macroeconómico. Por sua vez, estes impactes micro e macro podem influenciar dos riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, que, por sua vez podem ter impactes financeiros.
Tudo isto levará ao surgimento de toda uma nova teoria monetária e macroeconómica que levará ao desenvolvimento de investigação e estudos sobre a incorporação dos riscos climáticos na política monetária, e como é que estes riscos podem ser transmitidos à economia e ao setor financeiro. De lembrar que a Swiss Re lançou um estudo em que argumenta, com estimativas, que a subida da temperatura leva a uma diminuição do PIB, o que poderá indicar que também a temperatura poderá vir a ser uma variável para mensurar o valor gerado no país.
A nível microeconómico, o conceito de dupla materialidade poderá vir a substituir o conceito de externalidades, o que também levará também ao desenvolvimento de novos modelos onde as variáveis ambientais, éticas e sociais passam também a fazer parte da função de maximização de produção das empresas e de utilidade dos consumidores.
É por tudo isto que no ISEG os temas ESG e de sustentabilidade vão estar cada vez mais presentes, de forma integrada nas várias áreas de ensino e de investigação. Falar de ESG implica falar de clima, energia, biodiversidade, água, pobreza, igualdade do género, paz, educação entre outros temas. Falar de ESG e Sustentabilidade implica acima de tudo incorporar estas novas variáveis nos modelos micro e macroeconómicos, nos modelos de valorização financeira e nos modelos de desenvolvimento económico. Uma oportunidade de inovar na investigação e na sua aplicação e, acima de tudo, uma imensa oportunidade para formar e capacitar jovens de licenciatura e executivos em todos estes temas.
João Lé
Administrador Executivo da Navigator
O mundo está em mudança acelerada e a construção de um futuro mais sustentável e, portanto, mais justo e mais inclusivo, representa um dos maiores desafios da nossa história. Na The Navigator Company acreditamos que as empresas são um contribuinte fundamental para este desígnio coletivo, através da criação de valor e crescimento sustentáveis.
A sustentabilidade faz parte do ADN do nosso negócio e encontra-se espelhada no Propósito Corporativo: “São as pessoas, a sua qualidade de vida e o futuro do planeta que nos inspiram e nos movem.”
Esta ambição de criar um impacto positivo nas Pessoas e no Planeta, levou-nos ao desenho da Agenda de Gestão Responsável 2030 da Navigator. Construída ao longo de cerca de dois anos em colaboração de cerca de 550 stakeholders, endereça os temas mais relevantes para futuro da empresa nesta década, em alinhamento com os ODS das Nações Unidas.
Esta Agenda tem um foco central – Um Negócio Responsável – e três eixos estratégicos de atuação: pela Natureza, pelo Clima e pela Sociedade, com 15 compromissos e objetivos concretos a atingir no horizonte 2030: o Roteiro 2030 da Navigator.
Esta nossa Agenda impulsionou o lançamento de uma nova linha de produtos de “packaging”, através da nova marca gKraft, com o objetivo de contribuir para acelerar a transição do uso do plástico para a utilização de fibras naturais, sustentáveis, recicláveis e biodegradáveis, assumindo assim, e uma vez mais, o seu compromisso com a sustentabilidade e com a preservação do ambiente.
A terminar, recordo que a Navigator foi a primeira empresa portuguesa, e uma das primeiras a nível mundial, a definir o ambicioso compromisso de antecipar em 15 anos a neutralidade carbónica dos seus complexos industriais, um objetivo para o qual alocou um investimento de mais de 200 milhões de euros, parte dos quais já executado.
Joana Oom de Sousa
Diretora de Sustentabilidade da Sovena
Qualquer empresa que queira criar um propósito e uma estratégia de crescimento sustentável deverá colocar os critérios ESG no topo das suas prioridades. Presentes na Sovena desde a sua origem, estes critérios irão continuar a fazer parte da aposta da empresa nos próximos anos.
O nosso propósito “Feeding Futures for a planet that prospers and for people that thrive” leva-nos a uma procura constante de fazer melhor.
Atualizamos a nossa estratégia ESG a cada três anos de forma a garantir um alinhamento das nossas prioridades com as dos nossos stakeholders. A estratégia definida em 2021 apresenta objetivos concretos e compromissos ambiciosos ao longo de toda a cadeia de valor, e é no caminho da sua concretização que visamos alavancar a sustentabilidade dentro da empresa.
No que respeita ao ambiente, a Sovena está comprometida com os seus objetivos de descarbonização, através da transição energética para fontes renováveis, reduzindo a pegada carbónica e os custos de produção ao longo de toda a cadeia de valor. A proteção da biodiversidade, o consumo eficiente de água e a promoção de uma economia circular são também algumas das principais apostas da empresa.
Temos aderido a um conjunto de iniciativas como o BCSD Portugal, o GRACE, The New Plastics Economy Global Commitment, o Act4nature, o Unidos Contra o Desperdício ou o Pacto para Gestão da Água, que nos apoiam na aceleração da transição para um mundo mais sustentável.
O “S” é central no ESG. A concretização nos nossos objetivos não é possível sem as pessoas. Temos, neste âmbito, uma estratégia clara e uma aposta forte no que respeita às pessoas, sejam os colaboradores, as comunidades locais, fornecedores, clientes e consumidores. A nível interno, investimos na formação dos nossos colaboradores, bem como na promoção do seu bem-estar e conciliação da vida pessoal e familiar. Em Portugal, iniciámos o processo de certificação da Sovena como empresa familiarmente responsável (efr), que esperamos ver reconhecido já no final do ano.
Depois de 100 anos de crescimento, estaremos cá para alimentar os próximos 100.
Carla Sampaio
Head of Sustainability da Greenvolt
O grupo Greenvolt atua no sector das energias renováveis, em diversos segmentos, com a ambição de ser pioneiro na transição energética. Geramos energia a partir de biomassa de base residual, com externalidades positivas para o meio ambiente, mas também a partir do vento e do sol, tanto em projetos de grande escala como com soluções descentralizas, através de autoconsumo individual, coletivo e do conceito de comunidades de energia.
Com quase 500 colaboradores, distribuídos por 12 geografias, e com um contexto económico e social onde questões como a independência e a segurança energética estão no topo das preocupações de todos, o grupo Greenvolt não tem dúvidas: o crescimento da empresa será ainda mais rápido no futuro, com os critérios ESG a nortear a sua atuação e o seu planeamento estratégico de longo prazo.
Além de trabalhar ativamente na redução da própria pegada de carbono, almejando a neutralidade carbónica na geração, trabalhamos no sentido de ter um papel ativo no combate às alterações climáticas utilizando o know how das nossas equipas para ajudarmos, de uma forma justa e democrática, outras empresas e famílias a darem esse passo rumo a um futuro mais sustentável.
Reconhecemos que este caminho de excelência só se faz com pessoas, e que os melhores resultados só são possíveis com equipas diversas, motivadas e comprometidas. É por isso que, numa empresa defensora da igualdade de oportunidades, onde todas as perspetivas são valorizadas, procuramos atrair indivíduos com talento, experiência e potencial, oferecendo um ambiente de trabalho positivo e saudável, assegurando, ao mesmo tempo, o tão importante equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. É o seu talento que tem permitido ao grupo Greenvolt um crescimento e expansão assinaláveis em poucos meses de atividade.
Este caminho, com que nos comprometemos aquando da entrada no mercado de capitais, é aquele que temos seguido. E é aquele que prosseguiremos a um ritmo cada vez mais acelerado, mas financeiramente sustentado, assente em princípios de gestão e conduta responsável, tendo em conta a crescente consciência para a necessidade de acelerar a implementação de energia a partir de fontes renováveis.
Filipa Saldanha
Directora de Sustentabilidade do Grupo CA
A sustentabilidade tem sido enraizada na estratégia preconizada pelo Crédito Agrícola e está espelhada na visão assumida desde 2019 de se tornar referência em sustentabilidade, inclusão e inovação no sector financeiro nacional. A este propósito, a nossa Política de Sustentabilidade, que se orienta em torno de princípios e compromissos capazes de reforçar a actuação enquanto instituição financeira inclusiva, sustentável, responsável, próxima e de confiança, pretende funcionar como um farol da tomada de decisão, seja no desenho de novos produtos financeiros, na gestão de risco de financiamentos e investimentos, na selecção de fornecedores, nas acções desenvolvidas ao nível da gestão interna e na gestão do talento. Os critérios ESG estão assim a ser geridos de forma transversal e multidisciplinar, em linha com a consciencialização de que a sustentabilidade tem de ser incorporada nas diferentes frentes de actuação: negócio, capital humano e relação com a sociedade.
No caso particular da oferta, o Crédito Agrícola tem hoje disponível um conjunto de produtos financeiros sustentáveis (p.e. ecocrédito, crédito ao ensino assim como linhas de crédito para a descarbonização, economia circular e energias renováveis) mas queremos ser mais ambiciosos para acelerar a tão urgente transformação da nossa economia. Assim, o robustecimento da oferta de produtos financeiros ESG será um dos focos mais estruturantes nos próximos anos, a par da promoção de uma cultura interna informada, diversa, inclusiva e mobilizada nesta missão “maior”.
Sérgio pintado
CMO da Cash Converters
A Cash Converters temos um objetivo claro: mudar os hábitos de consumo para alcançar um mundo mais sustentável. Por esta razão, o nosso plano estratégico e a nossa Política de Responsabilidade Social estão integrados. Para fazer cumprir o nosso compromisso com a sustentabilidade, utilizamos critérios de ESG e englobamos as iniciativas que levamos a cabo nos três pilares da sigla. Especificamente, no que diz respeito ao pilar ambiental, temos diversas ações a nível externo e interno. A nível externo, lideramos o Movimento Converters, que não só engloba todas as iniciativas que realizamos do ponto de vista da sustentabilidade ambiental, como visa também multiplicar o nosso impacto através de parcerias estratégicas com outras empresas. Internamente, por outro lado, realizamos diversas ações destinadas a sensibilizar e divulgar informação sobre este tipo de questões e temos, nomeadamente, uma Ecotribe responsável pelo lançamento de novas iniciativas nesta área, com um espaço de eco-advice mensal. Além disso, todos os anos, na semana do Dia Mundial do Ambiente, celebramos a Semana do Ambiente, durante a qual convidamos figuras relevantes a partilhar boas práticas connosco, aprofundamos conceitos novos ou que não nos são tão familiares e realizamos uma ação conjunta de recolha de resíduos – este ano limpámos uma praia, por exemplo. Estas ações são orientadas pelos objetivos de desenvolvimento sustentável 11, 12, 13 e 17.
No que diz respeito ao pilar social, todas as nossas iniciativas são organizadas no âmbito do programa SmilingPeople, que por sua vez contém diferentes programas focados em aspetos específicos. Sucintamente, promovemos ambientes de trabalho saudáveis, positivos, inclusivos e respeitosos e estamos determinados a fazer da nossa empresa o melhor local para trabalhar. Assim, procuramos ter um impacto positivo nos nossos colaboradores, mas também na sociedade em geral. A nível prático, temos, por exemplo, um programa Corporate Wellness – o LifeConverters – que promove hábitos saudáveis entre os nossos colaboradores e desenvolvemos diferentes ações destinadas a promover a igualdade e a inclusão ao abrigo do lema Diversidade & Integração. Neste sentido, temos um Plano de Igualdade que reúne 98 medidas para garantir a igualdade de género na nossa organização e realizamos regularmente atividades que nos aproximam da diversidade funcional. Além disso, e como não poderia deixar de ser, damos especial importância à segurança no trabalho. Com estas ações acabamos por promover os objetivos de desenvolvimento sustentável 3, 5, 8 e 10. Finalmente, no pilar de Governança Corporativa, podemos falar do BeConverters, ou seja, da nossa essência e cultura. Aqui é possível situar a nossa política de cumprimento, valores corporativos e princípios operacionais tais como os nossos protocolos sobre assédio moral, sexual e assédio baseado no género ou orientação sexual, mas também a nossa política de comunicação transparente e bidirecional. Através das ações que temos, conseguimos ter um impacto positivo nos ODS 8 e 17.
Finalmente, ressaltamos ainda que, aquando do encerramento de todos os meses, definimos objetivos não financeiros que nos ajudam a medir o impacto do nosso propósito. Com esta e as anteriores ações que vamos dinamizando ao longo dos anos, acreditamos que estamos a impactar positivamente o meio ambiente e a preservá-lo para as gerações futuras.
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