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Empresas portuguesas consideram crises financeiras o terceiro maior risco do mundo. Pandemia e ciberataques completam o pódio (com áudio)

E a nível interno, o que as preocupa? No estudo anual da consultora Marsh, os ciberataques são a maior inquietação das empresas portuguesas. Seguem-se – empatados – o risco de pandemia/surtos e instabilidade política ou social.
25 Março 2021, 09h12

As empresas portuguesas consideram que um dos três maiores riscos que o mundo vai enfrentar este ano são as crises fiscais e financeiras em economias-chave, segundo o inquérito anual da consultora Marsh divulgado esta quinta-feira.

No total, foram 46% dos empresários ou gestores a sinalizar esta ameaça global, o que fez com que se mantivesse novamente no terceiro lugar do ranking ocupado – sem surpresas – risco de pandemia/propagação rápida de doenças infeciosas (63%) e pelos ataques cibernéticos em grande escala (62%).

A quarta posição também está relacionada com a economia: o elevado desemprego ou subemprego estrutural, que subiu de uma posição de menor destaque em 2020 (23ª) para uma das maiores preocupações este ano.

“E a fechar este top encontram-se dois riscos com a mesma percentagem (34%): a falha de governance nacional e os eventos climáticos  extremos, cuja expressão há um ano atrás era também muito menor”,  detalha o “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2021”, que é publicado na sequência do “Global Risks Report 2021” do Fórum Económico Mundial.

E a nível interno, o que as preocupa? Na recolha de dados realizada pela Marsh entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, os ciberataques são a maior inquietação das empresas portuguesas. Os ataques informáticos ficaram no topo desta listagem de riscos, com 57%, assegurando um lugar que ocupam desde 2018 e confirmando que o tema da informática/tecnologia não foi esquecido pelos executivos.

Seguem-se – empatados – o risco de pandemia/surtos e instabilidade política ou social, ambos com 53%, logo depois recessão (37%), eventos climáticos extremos (29%) e crises financeiras ou fiscais (24%), corroborando a ideia que havia sido passada por Rodrigo Simões de Almeida, country manager desta consultora em Portugal, em entrevista ao Jornal Económico.

Ainda assim, só pouco mais de um terço (35%) admitiu que o valor orçamentado para a gestão de riscos irá aumentar na sua empresa, de acordo com esta análise que contou com uma amostra de 152 representantes do tecido empresarial português.

Destaque ainda para o facto de quase metade dos inquiridos (47%) ter dito que o impacto da pandemia fez com que tivessem aumentado as preocupações a nível ambiental, o que levou à implementação de políticas ambientais.

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