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Empresas “têm medo” de adotar estratégias “verdadeiramente” sustentáveis

A ideia foi defendida por Sofia Santos, Sustainability Champions in Chief na Systemic, na conferência ‘InNOVA Talks’, realizada esta quarta-feira na NOVA SBE, em Carcavelos, onde teve oportunidade de destacar alguma irracionalidade associada a comportamentos aparentemente guiados por uma lógica iminentemente de maximização do lucro financeiro.
4 Dezembro 2024, 17h32

Apesar dos custos sociais e económicos que as alterações climáticas trarão, a resistência das empresas em adotar estratégias verdadeiramente sustentáveis prende-se sobretudo com medo, embora este se manifeste em várias vertentes: aversão ao risco, dificuldade em adaptar comportamentos ou preocupações financeiras, por exemplo. Como tal, uma abordagem extensiva a esta questão implica uma alteração de perceções, com uma menor ponderação dos aspetos meramente financeiros.

A ideia foi defendida por Sofia Santos, Sustainability Champions in Chief na Systemic, na conferência ‘InNOVA Talks’, realizada esta quarta-feira na NOVA SBE, em Carcavelos, onde teve oportunidade de destacar alguma irracionalidade associada a comportamentos aparentemente guiados por uma lógica iminentemente de maximização do lucro financeiro, com as alterações climáticas como exemplo.

“Todas as atividades que façamos hoje e contribuam para um aumento da temperatura vão levar a uma diminuição do PIB no futuro”, uma conclusão já amplamente difundida, mas que continua a ser insuficiente para promover uma verdadeira alteração de estratégia da maioria das empresas. A questão a colocar é, portanto, “por que demoramos tanto tempo a mudar?”.

Para a oradora, também professora universitária no ISEG, a resposta prende-se sobretudo com o medo – seja pela aversão ao risco, pela resistência a alterar hábitos, pela identificação com o próximo, etc. Como tal, “um grande desafio para os sistemas de sustentabilidade é o medo e a nossa longevidade”, dado que gestores mais velhos “estão muito menos preocupados com o futuro”.

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