Há 49% de 305 empresas no mercado de trabalho em Portugal com previsão de “aumentar o efetivo de colaboradores este ano, reforçando a tendência de crescimento verificada em 2015 quando já 26% tinham intenção de” fazer crescer o quadro de trabalhadores, segundo revela o estudo “Mercer Total Compensation 2016”. Para o próximo ano, “estima-se que o número de empresas que pretendem aumentar os quadros irá estabilizar na ordem dos 46%”.
Além disso, “44% das organizações” referem “a intenção de manter o número de colaboradores e apenas 7%” admitem “reduzir as equipas. E só 5% das empresas em Portugal congelaram os salários para toda a estrutura em 2016, “um número que diminuiu face aos 22% verificados” no ano passado.
Tiago Borges, responsável da área de estudos de mercado da Mercer, indicou: “Em 2015, o PIB real cresceu 1,5%, seguindo a tendência do ano anterior. Em 2016, as estimativas apontam para uma expansão semelhante e para 2017 prevê-se uma continuação da tendência de crescimento, com previsões que apontam para 1,7%. É uma conjuntura que também contribui para o aumento significativo da intenção de contratação de novos colaboradores – a taxa de desemprego reduziu de 12,6% em 2015 para 11,6% em 2016, sendo que se estima que se fixe nos 10,7% em 2017.”
Entretanto, “o salário base anual dos recém-licenciados, no primeiro emprego, situa-se tendencialmente entre os 13.057 e os 17.984 euros”, verificando-se “uma redução de 7 para 5% no número de colaboradores expatriados nos quadros de topo das organizações. A avaliação individual (79%) e os resultados da empresa (72%) surgem como fatores preponderantes na atribuição de incrementos salariais. A antiguidade e o nível funcional ressaltam como os factores menos influentes”, aponta o estudo. “No que se refere aos incrementos salariais por níveis funcionais em Portugal, tem-se observado que as funções de maior nível de responsabilidade têm sido as mais penalizadas em fases de contracção da economia, bem como as que mais recuperam em períodos de crescimento económico. No entanto, este ano, seguindo as tendências positivas, registou-se um aumento generalizado dos salários”, diz Borges.
“As revisões salariais são realizadas tipicamente uma vez por ano (88%), maioritariamente em março (36%) e abril (27%)”, enquanto “o plano médico é o benefício mais atribuído por parte das empresas participantes no estudo (93%). Cerca de 44% das empresas analisadas também “atribuem um plano de pensões”.
Outros aspectos avaliados: “Em 35% das empresas participantes no estudo, as despesas associadas à educação dos colaboradores são asseguradas pela empresa (em média em cerca de 73% do custo total)” e “27% das empresas referem que concederam empréstimos/ adiantamentos aos colaboradores, um aumento face aos 24% de 2015”.
No estudo “foram analisados 160.232 postos de trabalho em 305 empresas presentes no mercado português. A amostra do estudo ‘Total Compensation 2016’ é constituída por empresas multinacionais (54%), empresas nacionais privadas (45%) e uma minoria de empresas nacionais públicas (1%)”. Quanto “às multinacionais estrangeiras, a sua maioria tem origem nos Estados Unidos da América (34%) seguida de França (14%)”.
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