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Empresas veem com bons olhos pressão de mercado para adoção de IA

Os oradores do painel ‘A IA ao alcance das empresas’ consideram ser “bom ter pressão de cima e de baixo” no sentido de uma maior inovação e adoção de tecnologias como a inteligência artificial, embora reconheçam que as soluções têm de ser cada vez mais desenhadas às especificidades de cada negócio.
1 Abril 2025, 15h00

Com a difusão da inteligência artificial (IA), a pressão do mercado para a sua adoção pelas empresas tem crescido, tanto a montante, como junto dos clientes. Como tal, e dada a diversidade de negócios e empresas, é fulcral continuar a inovar para encontrar soluções que se adequem a realidades diferentes, sobretudo à medida que a tecnologia vai respondendo a questões mais específicas e especializadas.

No painel ‘A IA ao alcance das empresas’ da AI Summit desta quarta-feira, realizada pelo Jornal Económico em Lisboa, os oradores convidados sublinharam a crescente adoção desta tecnologia e os desafios que tal representa, como a adaptação da mesma às diferentes realidades empresariais.

Rui Costa, CTO da Dils, começou por lembrar que a empresa tem “várias áreas de negócio em níveis de maturidade diferentes”, pelo que não pode “aplicar a mesma estratégia para todas as áreas”.

“Começamos muito pelas áreas transversais”, explica, mas cada vez mais o foco se vira para “encontrar soluções para áreas especificas do negócio” à medida que estas se diversificam.

Por outro lado, este ambiente contribui para uma maior pressão para a adoção de tecnologias inovadoras pelas empresas – pressão essa que “vem de todas as áreas”. E, segundo o responsável da Dils, “é bom ter pressão de cima e de baixo” neste sentido.

Como tal, a aposta em inovação e investigação tem de ser contínua e prioritária. Para além de ter de ser uma solução eficiente, “exequível” e “escalável”, as preocupações regulatórias têm de estar na mente dos empresários, aponta José Tavares, COO da SAP Portugal. Com ambientes regulatórios diferentes consoante a geografia, isto cria “oportunidades” para testar ou afinar determinadas soluções, reconhece.

Isto ajuda a empresa a conseguir publicar “roadmaps a três ou cinco anos” para os seus clientes, um horizonte “corajoso neste mundo” de constante inovação e reconfiguração, continua.

Ao mesmo tempo, a interação com a academia como fonte de inovação é crucial e algo que a empresa quererá manter na sua presença em Portugal. Além de parcerias com 12 universidades no país, a SAP arrancou com um programa de reskilling com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), programa esse que “tem sido extraordinário”, nas palavras de José Tavares.

“Em termos do que é inovação, R&D [investigação e desenvolvimento] é algo que continua a ser uma aposta da SAP”, rematou.

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