Nuno Ribeiro da Silva lidera a Endesa Portugal desde 2005. Secretário de Estado da Energia e da Juventude em dois governos de Cavaco Silva, foi também deputado pelo PSD, e esteve no conselho de administração da Somague entre 1998 e 2005.
O presidente do grupo Endesa José Bogas disse recentemente que ia “analisar o plano
de desinvestimentos da EDP à procura de eventuais ativos de produção, como hidroelétricas em Portugal”. Como é que está este processo?
Quando há este tipo de movimentos, a Endesa olha, como a maior empresa elétrica da Península Ibérica. Além do mais, faz sentido estar atento a este tipo de oportunidades e de ativos. Neste pacote da EDP existe a componente que se integra nos nossos planos estratégicos futuros de mais renováveis, da estratégia de descarbonização e do roteiro da neutralidade carbónica. Isso faz todo o sentido. Ainda não se percebe bem quais são os termos, mas é um assunto que vamos olhando com atenção. Ainda não há dados objetivos sobre o que é preciso fazer. A Endesa tem declarado no plano industrial interesse em reforçar toda a componente que sejam tecnologias de baixo carbono e de baixas emissões no mix de geração. Mas uma coisa é certa: o que se tinha falado no portefólio da EDP em relação às centrais térmicas, carvão e gás, isso não tem sentido no quadro do compromisso e da estratégia que temos. No nosso compromisso da descarbonização, temos um plano de encerramento ou diminuição da atividade de centrais a carvão, de uma forma muito comprometida e assumida, inclusivamente numa situação desconfortável porque as centrais a carvão têm uma tradição com a Endesa, sendo que foram as primeiras centrais térmicas construídas no pós-guerra em Espanha, e tipicamente estas centrais estão associadas a minas e têm uma relevância regional [como na região das Astúrias].
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