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Endividamento do setor não financeiro aumenta 32,3 mil milhões de euros no primeiro semestre

O endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) atingiu os 847,0 mil milhões de euros, no primeiro semestre, de acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP).
22 Agosto 2025, 11h15

O endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou, no primeiro semestre, 32,3 mil milhões de euros, para os 847,0 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP).

“Deste total, 468,8 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 378,2 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)”, refere a instituição.

No caso do endividamento do setor público este subiu 19,1 mil milhões de euros.

“Este acréscimo ocorreu, sobretudo, perante o exterior (14,5 mil milhões), essencialmente pelo investimento líquido de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa (14,8 mil milhões, dos quais 13,3 mil milhões em títulos de longo prazo). Verificou-se também um aumento do endividamento do setor público perante os particulares (+2,1 mil milhões), as administrações públicas (+1,7 mil milhões) e as empresas não financeiras (+1,5 mil milhões) e uma redução em relação ao setor financeiro (-0,7 mil milhões)”, explica o BdP.

Quanto ao endividamento do setor privado este aumentou 13,2 mil milhões de euros.

“O endividamento dos particulares cresceu 7,0 mil milhões, essencialmente perante o setor financeiro (+6,6 mil milhões, dos quais +5,1 mil milhões por via do crédito à habitação). O endividamento das empresas privadas subiu 6,2 mil milhões, refletindo aumentos perante o setor financeiro (+5,0 mil milhões), o exterior (+0,7 mil milhões) e as empresas não financeiras (+0,6 mil milhões)”, justifica o Banco de Portugal.

Os dados do BdP dizem ainda que no primeiro semestre deste ano, o endividamento do setor não financeiro cresceu de 285,7% para 289,6% do Produto Interno Bruto (PIB), “refletindo um aumento do endividamento superior” ao do PIB.

“Esta variação resulta do aumento do endividamento do setor público, de 125,9% para 129,3%, e do setor privado, de 159,8% para 160,3%”, sublinha o banco central português.

Os dados da instituição referem ainda que em junho “o endividamento das empresas privadas subiu 2,6% relativamente ao período homólogo” e em maio verificou-se um aumento de 1,8%.

“A taxa de variação anual do endividamento dos particulares aumentou pelo décimo nono mês consecutivo, registando um valor de 6,7% em junho de 2025, o mais elevado desde o início da série, em dezembro de 2008”, diz o BdP.

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