A energética francesa Voltalia, que entrou em Portugal há oito anos, apresentou prejuízos de 15,7 milhões no primeiro semestre de 2024, explicados pela “natureza sazonal da atividade”.
Contudo, o mais recente relatório operacional aponta para uma melhoria de 19% (3,7 milhões de euros) em relação à perda sazonal do mesmo semestre do ano passado.
Passando ao volume de negócios, a Voltalia reportou um crescimento de 28% para 248,9 milhões de euros, com as vendas de energia a pesarem 26% e os serviços para clientes terceiros a contribuírem 32%.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da energética subiu, no primeiro semestre, 34% para 75 milhões de euros, “impulsionado pelo efeito total das centrais elétricas comissionadas em 2023, combinado com o comissionamento de novas capacidades no primeiro semestre do ano”.
Por mercado, no Brasil o EBITDA “aumenta ligeiramente e beneficia da contribuição da nova capacidade (Canudos e SSM3- 6, que mais do que compensa as centrais vendidas no final de 2023, um menor recurso eólico e os trabalhos de manutenção preventiva concentrados durante a época de menor recurso eólico”.
Em França, o crescimento foi mais forte, em resultado do início da atividade das centrais de Rives Charentaises, Sud Vannier, Montclar e Logelbach, em 2023 e neste ano, que mais do que compensaram as centrais vendidas no final de ano passado.
Quanto aos restantes países em que atua, a Voltalia reporta um aumento de 79% do EBITDA, que corresponde a mais de um terço do das vendas de energia. “Em média, o EBITDA destes países beneficia de um nível de recursos mais elevado do que em 2023. É também apoiado pelo comissionamento de projetos principalmente em Portugal e na Albânia, onde a central elétrica de Karavasta está na sua fase inicial de geração”, explica a empresa.
Quanto à carteira de projetos em desenvolvimento, a empresa dá conta de um aumento de 7% em termos homólogos, que ascende já a 17,2 GW. “Ilustrando a importância crescente da nossa estratégia de diversificação geográfica, 40% da nossa carteira está na Europa, 39% na América Latina e 21% em África. Em termos de tecnologia, a energia solar representa 63% da carteira, seguida da energia eólica (27%) e de outras tecnologias (10%)”, detalha no mesmo relatório.
Sébastien Clerc, CEO da Voltalia, destaca que a energética “continuou a sua trajetória com um aumento de 13% na produção de eletricidade, 28% no volume de negócios e 34% no EBITDA”.
“Tal como anunciado, as perspetivas para o ano estão condicionadas à normalização das condições de transmissão na rede elétrica brasileira e à receção da compensação financeira solicitada pela Voltalia e por outros intervenientes no setor. Estamos confiantes num desfecho favorável destas ações a curto e médio prazo. Nos outros países, as centrais elétricas estão a produzir a plena capacidade, incluindo as que entraram recentemente em funcionamento em França, Portugal e Albânia”, acrescentou o mesmo responsável, citado na nota envida às redações.
No ano passado, a Voltalia lucrou 29,6 milhões de euros, recuperando do prejuízo de 7,2 milhões em 2022.
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