Os líderes da União Europeia (UE) alertaram esta sexta-feira, 24 de junho, que “a energia barata acabou” e concordaram em aumentar os preparativos para novos cortes no gás russo, acusando Moscovo de utilizar a energia como “arma”.
A cimeira desta sexta-feira em Bruxelas serviu como reflexão sobre o impacto económico da invasão russa da Ucrânia, com crescentes preocupações com a subida dos preços e alertas de um “inverno difícil”.
Charles Michel, líder do Conselho Europeu, afirmou que a inflação é uma “grande preocupação para todos nós. A guerra de agressão da Rússia está a fazer subir o preço dos alimentos, energia e commodities”, acrescentando que os líderes concordaram em coordenar de perto as suas respostas de política económica.
A cúpula de líderes concordou com alguns passos concretos, com a Comissão Europeia a ficar responsável por encontrar mais maneiras de garantir “o fornecimento a preços acessíveis” devido à utilização da energia como “arma pela Rússia”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a procura por abastecimentos alternativos já está em andamento, com as entregas de gás liquefeito nos EUA a subir 75% este ano, face ao ano anterior, e as entregas pelo gasoduto da Noruega a aumentarem 15%.
Além disso, von der Leyen apresentará um plano de preparação para mais cortes de gás russo aos líderes em julho. “Esperem pelo melhor, preparem-se para o pior. É o que estamos a fazer agora”, apontou.
A Comissão Europeia apresentará propostas e opções para discutir na próxima cúpula da UE em outubro, incluindo a consideração de projetos alternativos de mercado que potencialmente incluirão a dissociação do gás da formação do preço de mercado da eletricidade, referiu von der Leyen.
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