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Energia, hidrogénio e lítio pesam quase metade das candidaturas às Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial

Candidaturas de consórcios pré-qualificadas e que serão apoiadas por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência dividem-se por outros segmentos, destacando-se também o Agroalimentar e Economia do Mar ou a Ferrovia, Transportes, Mobilidade e Logística.
  • lítio
2 Dezembro 2021, 14h00

O investimento previsto nas candidaturas pré-qualificadas às Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial relativas a projetos de Energia, Hidrogénio e Lítio representam quase metade do total de nove mil milhões de euros daquilo que os 64 consórcios selecionados de entre as 144 candidaturas recebidas pretendem investir.

Essas 11 candidaturas implicam um total de investimento de 4.221 milhões de euros, dos quais 4.051 milhões de euros dizem respeito a empresas e 170 milhões de euros a entidades não empresariais do sistema de investigação e inovação (ENESII), tendo o recurso às verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) mais dificultado por estar em causa sobretudo investimento produtivo (3.573 milhões de euros) e uma menor componente de investigação, desenvolvimento e inovação (599 milhões de euros), na qual os apoios podem chegar a 80%.

Nas candidaturas pré-qualificadas que começarão a ser apresentadas na tarde desta quinta-feira, no terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, com uma intervenção do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, decorrendo até ao final da tarde de sexta-feira, quando o primeiro-ministro António Costa fará a sessão de encerramento, logo a seguir vem o segmento do Agroalimentar e Economia do Mar. As seis candidaturas preveem 1.185 milhões de euros de investimento, com 995 milhões de euros a caberem às empresas que integram os consórcios e 190 milhões de euros a cargo da ENESII, havendo também aqui uma preponderância do investimento produtivo (729 milhões) sobre a investigação, desenvolvimento e inovação (395 milhões).

O “pódio” das Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial é completado pelo segmento da Ferrovia, Transportes, Mobilidade e Logística, “representado” por sete candidaturas que procuram investir um total de 852 milhões de euros. Mas neste caso a investigação, desenvolvimento e inovação (419 milhões) supera o investimento produtivo (397 milhões).

Segue-se o segmento do Automóvel, Aeronáutica e Espaço, com 813 milhões de euros de investimento dividido por sete candidaturas pré-qualificadas, sendo nesses casos muito superior a componente de investigação, desenvolvimento e inovação (502 milhões) do que a de investimento produtivo (283 milhões). O mesmo sucede na Saúde, Turismo, Indústrias Culturais e Criativas, cujo investimento total de 635 milhões de euros, relativos a dez consórcios, também visa sobretudo investigação, desenvolvimento e inovação (347 milhões), suplantando o investimento produtivo (238 milhões). Pelo contrário, nas sete candidaturas relativos a Materiais e Tecnologias de Produção, dos 620 milhões de euros de investimento previstos há 373 milhões que dizem respeito a investimento produtivo e 203 milhões para investigação, desenvolvimento e inovação.

Mais atrás no montante apresentado pelos consórcios pré-qualificados para as Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial vêm os segmentos da Construção e Habitat (560 milhões de euros em seis candidaturas, dos quais 320 milhões em investimento produtivo), Calçado, Têxtil e Vestuário (494 milhões de euros também distribuídos por seis candidaturas, com 259 milhões destinados a investigação, desenvolvimento e inovação), e Blockchain, IA e Microeletrónica (401 milhões de euros em quatro candidaturas, dos quais 253 milhões em investigação, desenvolvimento e inovação).

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