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Enfermeiros vão ser obrigados a devolver descongelamento de dois mil euros

Apesar de agora só estarem abrangidos 190 enfermeiros, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirmou ao JN que esta devolução pode abranger um número superior a 20 mil profissionais do setor.
  • MIGUEL A. LOPES/LUSA
15 Outubro 2019, 09h30

Perto de 200 enfermeiros estão a ser chamados às administrações dos hospitais onde trabalham para devolverem os aumentos salariais que resultaram do descongelamento das progressões nas carreiras da Função Pública, por ordem do Ministério da Saúde, avança o ‘Jornal de Notícias’ esta terça-feira, 15 de outubro.

Em causa, está o descongelamento iniciado em 2018, sendo que os enfermeiros vão ter de devolver 1.950 euros ao longo do próximo ano e meio. Trata-se de 150 euros mensais entre maio e setembro de 2019, 100 euros mensais entre setembro de 2018 e abril de 2018 e de 50 euros por mês entre janeiro e agosto de 2018.

Apesar de agora só estarem abrangidos 190 enfermeiros, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirmou ao JN que esta devolução pode abranger um número superior a 20 mil profissionais do setor. Ainda que vários hospitais já tenham notificado os trabalhadores, apenas quatro centros hospitalares vão avançar com o desconto este mês, sendo esses o Hospital de Trás-os-Montes e Alto Douro, Hospital de Guimarães, IPO do Porto e Hospital de Penafiel.

A Administração Central do Sistema de Saúde alega que o reposicionamento da tabela salarial dos enfermeiros, que ocorreu entre 2011 e 2015, contou como progressão e que agora a contagem por pontos, iniciada em 2004, deve ser reiniciada. Sem pontos disponíveis, os enfermeiros não são elegíveis para o descongelamento que se encontra em curso com o Orçamento de Estado de 2018, que os iria colocar a ganhar 1.400 euros no fim do ano.

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