“Enquanto ainda estamos a executar o PT2020 já temos o PT2030”, diz Siza Vieira

“Ao longo deste ano um conjunto de medidas muito importante foram decididas pela Comissão Europeia e pelo Conselho Europeu, apoiadas pelo Parlamento Europeu e temos hoje as condições para encararmos os próximos anos, a próxima década, com uma confiança acrescida. Está aprovado não apenas o acordo para o próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia, o que significa que já temos o conjunto definido do envelope financeiro relativo àquilo que será o sucessor do PT2020. Enquanto ainda estamos a executar o PT2020, já temos o PT2030, se assim pudermos batizá-lo”, referiu o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, no encerramento da quarta sessão da “Conferência Aicep 2020, Exportações & Investimento”, hoje divulgada e organizada pelo “Dinheiro Vivo”, contando com a presença da diretora do Diário de Notícias, Rosália Amorim.

“Temos também e esta é a grande novidade, um plano de recuperação europeu assente num envelope financeiro de 750 mil milhões de euros, que para o nosso país pode representar cerca de 18 mil milhões de euros no seu conjunto, para nos próximos anos podermos financiar as reformas necessárias à melhora das condições de desempenho da nossa economia e da nossa sociedade”, diz o ministro.

“Estamos neste momento a dirigir um conjunto grande de apoios às empresas utilizando recursos do PT2020, ou reprogramações do PT2020. Todos os apoios a fundo perdido que nos últimos dias tive oportunidade de anunciar, para compensar perdas de faturação durante o corrente ano, para poder apoiar o pagamento de rendas comerciais durante o primeiro semestre do próximo ano, bem como as linhas de crédito dirigidas às empresas exportadoras no sector industrial e no sector turístico, com uma parte do crédito convertido em subsídio a fundo perdido se se preservar o emprego, todas esta medidas são apoiadas em fundos europeus do PT2020 ou já do Programa React”, referiu Siza Vieira.

“Vamos ter também a possibilidade de dispor de um conjunto de verbas adicionais destinadas ao financiamento das nossas reformas. Estas verbas são traduzidas para cada Estado membro através da formulação de planos de recuperação e resiliência nacionais. Portugal foi o primeiro país a apresentar à Comissão Europeia o esboço do seu plano de recuperação nacional. Temos tido nas últimas semanas interações e discussões intensas com a Comissão Europeia à volta dos projetos com os quais nos temos de comprometer”, esclareceu o ministro.