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Entrada da Digi em Portugal fez subir reclamações até março, admite Anacom

Reclamações sobre comunicações eletrónicas estavam em queda desde o terceiro trimestre de 2023 mas a entrada deste novo operador terá contribuído para uma subida das queixas dos clientes, reconhece regulador.
3 Junho 2025, 14h46

As reclamações sobre o sector das comunicações voltaram a subir no 1.º trimestre de 2025, invertendo a tendência de queda que se registava desde o 1.º trimestre de 2023. No total, a Anacom registou cerca de 27,1 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, mais 8% (cerca de 2 mil reclamações) do que em igual período de 2024.

Segundo a Anacom, “esta subida foi impulsionada pelo aumento de 13% das reclamações sobre comunicações eletrónicas, que estavam em queda desde o 3.º trimestre de 2023, para 17,8 mil reclamações no primeiro trimestre do ano. Para a subida, terá, em parte, contribuído a entrada da DIGI no mercado no último trimestre de 2024, que contabilizou 1,1 mil reclamações no período em análise”.

Por outro lado, “as reclamações sobre serviços postais diminuíram face ao período homólogo (-1%), para 9,3 mil reclamações (34% do total de reclamações), contrariando a tendência de subida que se registava nos últimos trimestres”.

“A Vodafone foi o prestador que registou mais reclamações em termos absolutos (33% do total, cerca de 5,9 mil reclamações, +11%) e tem a segunda maior taxa de reclamação, com 1,7 reclamações por mil cliente”, sublinhou a ANACOM.

Por sua vez, “a NOS foi o segundo prestador de serviços mais reclamado no primeiro trimestre de 2025 (31%, cerca de 5,5 mil reclamações, -8%), mas apresenta a maior taxa de reclamação, com 1,9 reclamações por mil clientes. Este prestador foi o único entre os principais a reduzir o volume de reclamações neste período”.

Já a DIGI “representa já 6% das reclamações do sector, com 1,1 mil reclamações registadas no 1.º trimestre de 2025 e um aumento expressivo face ao período anterior (+104%). Registou-se ainda um aumento acentuado das reclamações contra a NOWO (+69%) face a igual período de 2024”.

 

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