O Governo admitiu hoje que pode construir um gigawatt de energia eólica offshore até 2030.
Maria da Graça Carvalho começou por mencionar a meta de dois gigawatts até 2030 durante a sua audição no Parlamento esta quarta-feira, mas à margem esclareceu que o executivo ainda espera por um relatório com cenários de simulação de custos.
No entanto, admite que o valor do leilão será inferior aos dois gigas previstos pelo Governo anterior, apontando para a construção de um gigawatt até 2030. Mais tarde, poderá avançar para mais potência.
Sobre o formato do leilão, revelou que o Governo vai realizar um Conselho de Ministros no início de setembro dedicado a este tema.
A ministra do Ambiente e da Energia também anunciou hoje que Portugal vai ser mais ambicioso nas energias renováveis até 2030.
A meta do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) até ao final da década vai subir em quatro pontos: de 47% para 51%.
Maria da Graça Carvalho anunciou que o trabalho preparatório de revisão do PNEC está concluído e que o documento será entregue em breve no Parlamento para apreciação dos deputados antes de ser enviado para a Comissão Europeia.
A ministra pediu a “colaboração célere” dos deputados nesta avaliação para “submeter ” o documento a Bruxelas, com as metas de energias renováveis, de hidrogénio e da eólica offshore.
“É aqui resposta a elevada meta do peso das renováveis dos iniciais 47% para 51%. Este é o valor que a Comissão Europeia nos tinha pedido no conjunto das metas dos vários países para chegar à meta estabelecida. Vamos agora ver o parecer da Assembleia em relação a este assunto para que possa ir para a Comissão Europeia”, acrescentou a governante.
Sobre a Estrutura de Missão para o Licenciamento de Projetos de Energias Renováveis (EMER 2030), a ministra disse que os responsáveis “já estão a trabalhar no sentido desta unidade de missão. É importante a sua missão: de facilitar e simplificar licenciamentos para acelerar projetos de energia renovável”.
A ministra destacou que a EMER vai olhar para “todos os licenciamentos na área de energia”, de energias renováveis e de outras fontes, e “de ambiente para serem mais celéres”.
“Para que os promotores não necessitem de contactar com muitas instituições, falam com sete, com 14 instituições”, revelou.
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