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“Equilíbrio técnico numa mutualista é mais eficiente”

As mútuas são “organizações democráticas, sem acionistas, e estão, por isso, totalmente concentradas nos interesses das pessoas que protegem”, afirma o administrador da MGEN, Ricardo Raminhos.
30 Junho 2020, 07h35

O que significa a mutualização de seguros de saúde em termos de serviços, preços e idade?
Numa seguradora mutualista, o risco é partilhado pelos seus membros; todos contribuem para a proteção de cada um, para fazer face às dificuldades que surgem ao longo da vida. Numa seguradora tradicional, o risco é transferido para um terceiro com o intuito de criar uma vantagem para a própria seguradora. Estes dois conceitos são fundamentalmente diferentes e produzem resultados distintos na proteção dos segurados.

Em qualquer atividade seguradora, o equilíbrio técnico é sempre necessário, e torna-se ainda mais essencial no ramo da saúde, onde a utilização do seguro é elevada. Normalmente, as seguradoras mutualistas atingem este equilíbrio de uma forma mais eficiente, pois existe uma compensação natural entre os prémios de seguro e a proteção dos segurados. São organizações democráticas, sem acionistas, e estão, por isso, totalmente concentradas nos interesses das pessoas que protegem.

Isto permite que, na MGEN, todas as soluções de proteção da saúde sejam concebidas sem qualquer limite de idade na adesão, sem limite de idade de permanência, sem resolução unilateral do contrato por parte da seguradora, sem exclusão de doenças graves (mesmo as oncológicas), sem exclusão de situações clínicas preexistentes e sem questionários médicos.

Para além das coberturas em Hospitalização, Ambulatório, Medicina dentária, Ortóteses e Medicamentos, a MGEN oferece ainda várias coberturas diferentes, tais como: o reembolso de despesas relacionadas com medicinas alternativas, a comparticipação em medicina de planeamento familiar e na consulta do viajante. Estão também cobertas as despesas com métodos contracetivos, doenças epidémicas ou provocadas por catástrofes naturais. Habitualmente, todas estas situações clínicas são excluídas pelas seguradoras tradicionais.

 

A MGEN é um dos poucos seguradores em Portugal a trabalhar numa base de mutualização? O que tem impedido o crescimento das mútuas em Portugal?
De facto, em Portugal não existem muitas seguradoras mutualistas, porque há barreiras à entrada no mercado: primeiro é necessário uma grande capacidade de investimento inicial numa perspetiva de longo prazo, o que nem todas as mútuas têm, segundo as seguradoras tradicionais portuguesas selecionam apenas o “bom risco”, enquanto que as seguradoras mutualistas não aplicam este tipo de discriminação. Daí, o contexto ser pouco atrativo para a implementação deste tipo de organizações em Portugal. A MGEN, no entanto, conseguiu ultrapassar estes dois fatores, graças à sua histórica solidez financeira e capacidade operacional comprovada.

 

Como fica assegurado o tema da solvabilidade numa companhia mutualista?
Uma seguradora mutualista está totalmente concentrada na proteção dos seus segurados. Não existem acionistas, todos os excedentes são reinvestidos e provisionados com a única missão de garantir a proteção futura dos seus aderentes. Além disso, a atividade da MGEN é supervisionada por regulação do código das mutualidades francesas, e está sujeita a mecanismos de controlo financeiro e operacionais muito exigentes em matéria de solvência II.
A MGEN tem demonstrado ao longo dos anos elevados índices de robustez financeira. Recentemente, foi notada pela agência americana A.M. Best, com a classificação de “A – Excelente”, pela sua solvabilidade e solidez presente, assim como nas perspetivas de médio e longo prazo.

 

Como é possível antecipar o cálculo do risco numa mútua de seguros ligados à saúde, tendo em conta o risco associado a doenças pré-existentes e à idade?
Os riscos ligados à saúde são medidos através de avançados cálculos atuariais. A experiência adquirida na exposição ao risco é um dos vetores mais importantes, especialmente nas situações associadas às doenças preexistentes e às complicações na saúde, verificadas com maior frequência em idades mais avançadas. A MGEN conta com mais de 75 anos de expertise adquirida, o que lhe permitiu acumular um know-how determinante na consolidação deste tipo de riscos. Mais de 10 milhões de pessoas na Europa estão hoje protegidas pela MGEN através do seu grupo mutualista VYV, sendo este o melhor reconhecimento pela eficácia solidaria que a MGEN tem demonstrado.

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