[weglot_switcher]

Escassez de semicondutores e novas vagas da pandemia atrasam recuperação do sector automóvel

A Crédito y Caución alerta que o setor automóvel em Portugal apresenta um alto risco de incumprimento dos seguros de risco de crédito devido à prolongada escassez de semicondutores e a possibilidade de novas vagas da pandemia de coronavírus poderiam atrasar a recuperação da produção de veículos em 2022.
30 Novembro 2021, 17h40

A prolongada escassez de semicondutores e a possibilidade de novas vagas da pandemia de coronavírus poderiam atrasar a recuperação da produção automóvel em 2022, segundo um comunicado da Crédito y Caución

No seu mais recente relatório, a Crédito y Caución alerta para os riscos de baixa que ameaçam o crédito comercial na cadeia de valor do sector automóvel.

“Após a forte deterioração das vendas em 2020 devido à pandemia, 2021 está marcado por uma procura mundial reprimida no que toca a automóveis novos. A prolongada escassez de semicondutores e a possibilidade de novas vagas da pandemia de coronavírus poderiam atrasar a recuperação da produção de veículos em 2022, deteriorando a situação de risco de crédito de muitos fornecedores”, diz a companhias de seguros de risco de crédito.

Além disso, “as complexas cadeias de fornecimento deste sector continuam suscetíveis a novas interrupções provocadas pelo protecionismo e pelos riscos geopolíticos, como o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos”.

A baixa densidade de veículos e o aumento da classe média oferecem uma ampla margem de crescimento em muitos mercados emergentes. Em mercados mais maduros, os estímulos e os programas públicos estão a apoiar a recuperação do sector, suportando a transição para veículos menos poluentes e para a e-mobilidade em muitos mercados.

De acordo com o relatório divulgado pela seguradora de crédito, “as perspetivas de crescimento para os veículos híbridos e elétricos são muito sólidas. Espera-se que a quota de mercado desta tipologia de veículos a nível mundial alcance os 49% em 2030”.

No entanto, a mudança para a mobilidade eletrónica representa um grande desafio para a maioria dos fornecedores de pequena e média dimensão. Já que muitos podem não ter os meios tecnológicos ou financeiros para subir na cadeia de valor, vendo-se obrigados a abandonar o mercado nos próximos anos.

“A situação também é complexa para as grandes marcas que na atual corrida para a inovação no sentido, por exemplo, da condução autónoma, enfrentam uma concorrência cada vez mais forte das grandes tecnológicas e de novas empresas”, refere a Crédito y Caución.

Neste contexto, o sector automóvel em Portugal apresenta um alto risco de incumprimento tal como os mercados da Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, França, Hungria, Indonésia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, República Checa, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia ou Turquia. O risco é mais moderado em mercados como a Austrália, Áustria, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Índia, Irlanda, México, Suécia, Suíça e Taiwan.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.