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Escolas dão sandes aos alunos por causa de greve

A greve dos trabalhadores da Uniself levou ao encerramento de mais de 60 cantinas em escolas da região norte. Um membro do sindicato acusa empresa de “dar sandes” aos alunos, violando o direito à greve.
2 Novembro 2017, 16h34

De acordo com Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores da Industria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, são mais de 60 as cantinas encerradas em outras tantas escolas da região Norte do país. O motivo é a greve dos trabalhadores da Uniself, que exigem ao Ministério da Educação que faça a empresa cumprir o caderno de encargos. À TVI24, que adianta a notícia, Francisco Figueiredo terá afirmado que em alguns dos estabelecimentos de ensino “estão a ser dadas sandes” às crianças, o que “é ilegal” por violar o direito à greve.

Em frente às instalações da Direção Regional de Educação do Norte – onde decorreu uma concentração que reuniu mais de 30 trabalhadores da empresa que é responsável pela exploração de cantinas escolares – o sindicalista aponta as falhas da empresa, referindo que existem “trabalhadores que não têm contrato, outros a quem foi reduzida a carga horária e respetivo salário, e há trabalhadores a quem não foi reconhecida a categoria [profissional] (…). A Uniself não está a cumprir o caderno de encargos”.

Francisco Figueiredo acrescentou que “o Ministério tem conhecimento desta situação, pese embora responsabilidade seja em primeiro lugar da Uniself, e a verdade é que a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) tem que tomar medidas”, e que “as crianças têm de ir para casa almoçar, nós não somos responsáveis pelas crianças, são os pais. Nós estamos em luta, um direito fundamental que tem de ser respeitado”, disse, referindo ainda que “os pais têm obrigação de tomar conta das crianças, evidentemente”. Para Francisco Figueiredo, a responsabilidade desta situação “é da DGEstE”, que “sabe que havia a greve e tinha que encerrar as escolas”.

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