Escritórios. Volume de absorção em Lisboa atingiu os 125 mil m2 entre janeiro e outubro

O mercado de escritórios em Lisboa registou um volume de absorção próximo dos 125 mil m2 nos primeiros dez meses de 2021, o que representou um crescimento de 9% face ao período homólogo do ano anterior, de acordo com o estudo divulgado pela consultora Savills esta segunda-feira, 22 de novembro.

A zonas 1 e 2 prime do central business district (CBD) foram as únicas a verificar quebras homólogas de 47% e 12% respetivamente. O corredor oeste (zona 6) teve o maior volume de ocupação do período em análise com um total de 47 mil m2.

Por sua vez, o Parque das Nações (zona 5) registou um total de 23.553 m2 de espaços de escritórios ocupados, num aumento homólogo de 6%, aproximando-se dos valores de absorção registados antes da pandemia (26.840 m2).

Durante o período em análise foram realizadas 106 operações num aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2020, com a zona 2 do CBD a registar 32 operações fechadas.

Ana Redondo, associate director do departamento de office agency da Savills Portugal, explica que “estando mais próximos do final de 2021, podemos afirmar que o mercado de escritórios de Lisboa está a recuperar positivamente do período pandémico. Ainda que o volume de absorção expetável de fecho do ano não deva exceder os 150.000 m2, os drivers de mercado e a motivação da procura mantêm-se muito firmes e dinâmicos”.

Porto acumulou volume próximo dos 40 mil m2

Olhando apenas para o mês de outubro, o mercado de escritórios registou na cidade do Porto um volume de absorção de 39.600 m2, ficando apenas 4% abaixo do registado no mesmo período do anterior, segundo os dados do Office Flashpoint revelado pela consultora JLL.

Já em Lisboa, o take-up mensal foi de 43.600 m2 contribuindo assim para um acumulado de 124.450 m2, que representa um aumento de 9% face ao mesmo período do ano passado, estando a dois meses do final do ano, apenas a 13.600 m2 de igualar o take-up total de 2020.

No mês em análise foram fechadas 14 operações, com uma área média de 3.114 m² por transação, das quais cinco com áreas superiores a mil m2.

Mariana Rosa, head of leasing markets advisory da JLL, afirma que “outubro revelou-se um mês bastante positivo para o mercado de escritórios, evidenciando uma vez mais uma forte recuperação da atividade. De tal forma que Lisboa, que terminou o terceiro trimestre com uma quebra de 20% face a 2020, está agora já 9% acima dos níveis do ano passado. No Porto, o mercado também segue no bom caminho e o gap anual voltou a encolher, passando de -11% no final do terceiro trimestre para os atuais -4%”.