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Espanha investiga 756 milhões de dados sobre apagão. Pedro Sanchez promete tornar “tudo” público

Primeiro-ministro espanhol garantiu que vai exigir “responsabilidades” aos culpados pelo apagão ibérico.
Pedro Sanchéz, líder do PSOE e primeiro-ministro de Espanha
7 Maio 2025, 08h46

O primeiro-ministro espanhol prometeu hoje “chegar ao fundo” das causas do apagão e vai exigir “responsabilidades” aos culpados que deixou a Ibéria às escuras durante a maioria do dia de 28 de abril.

O responsável disse hoje no Parlamento espanhol que estão a ser analisados 756 milhões de dados do sistema elétrico sobre o incidente, prometendo tornar público “tudo o que se descubra” mas “levará tempo”.

“Isto não se trata de renováveis ou nucleares. Vincular este apagão ao debate das nucleares não é só irresponsável, mas também uma manipulação gigantesca”, acrescentou, citado pelo “El País”.

Recorde-se que existe um intenso debate em Espanha sobre o fecho das centrais nucleares, previsto para 2035: Almaraz I em 2027, Almaraz II em 2028. Asco I e Cofrentes em 2030 e Asco II em 2032. Vandelos II e Trillo serão os últimos a fechar, em 2035.

A manutenção das centrais é defendida pelos partidos de direita, a que se juntaram agora os catalães da ERC e do Junts.

“Não há um único estudo sério que diga que as nucleares são imprescindíveis para Espanha. O futuro da energia residente noutras fontes como a hidroelétrica, a solar, a eólica ou o hidrogénio verde. Isto é o que diz a maioria dos peritos, a União Europeia, os mercados e os investidores estrrangeiros. O nosso Governo aposta nas energias limpas não por ideologia ou por interesses económicos obscuros, mas porque sabe que o futuro energético de Espanha ou é verde ou não será”, afirmou.
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