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Espanha pede “coragem” para acordo sobre imposto para multimilionários

“Há esse momento em que temos de ser corajosos e só temos de fazer coisas que estejamos convencidos de que são certas”, disse o ministro da Economia de Espanha, Carlos Cuerpo, em antecipação à reunião do G20.
18 Novembro 2024, 13h55

O ministro da Economia de Espanha, Carlos Cuerpo, pediu aos países mais ricos que “sejam corajosos” e redobrem os esforços para chegar a um acordo sobre um imposto mínimo global para os três mil multimilionários do mundo, segundo o “The Guardian”.

As declarações foram feitas durante uma visita a Londres antes da reunião dos líderes do G20 no Rio de Janeiro, que arranca esta segunda-feira. Carlos Cuerpo disse que o plano ganhou força política desde o verão, quando os ministros das Finanças concordaram em trabalhar juntos para “garantir que indivíduos com património líquido ultra-alto sejam efetivamente tributados”.

“Há esse momento em que temos de ser corajosos e só temos de fazer coisas que estejamos convencidos de que são certas”, disse Cuerpo. “Há um elemento aqui de redistribuição de riqueza que, se ouvirmos atentamente os resultados de muitas das eleições que ocorreram nos últimos anos, foi exigido pelos nossos cidadãos, pela nossa população. Então, temos que responder de alguma forma”, acrescentou.

Cuerpo disse que as energias renováveis ​​e outros projetos de investimento verde são parte do motor de crescimento. França, Alemanha e África do Sul expressaram apoio e disseram que o dinheiro é necessário para ajudar nações vulneráveis ​​ao clima e impulsionar investimentos verdes.

Em julho, os líderes financeiros de todos os países do G20 concordaram em “envolver-se cooperativamente para garantir que indivíduos com património líquido ultra-alto sejam efetivamente taxados”. Quando os líderes das 20 nações mais ricas se reunirem no Brasil esta semana, serão solicitados a confirmar esse compromisso.

Cuerpo disse que pressionaria para colocar o plano na pauta da cúpula da ONU sobre financiamento do desenvolvimento em Sevilha no próximo verão e trabalharia em estreita colaboração com o Brasil para garantir que as discussões sejam coordenadas com os preparativos para a Cop30.

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