[weglot_switcher]

Especialistas reúnem-se hoje no Infarmed para aconselhar Governo na próxima fase do desconfinamento

Já passaram 18 meses desde que os proprietários destes espaços de diversão noturna tiveram de fechar as portas dos seus negócios, e desde então que muitos se insurgiram contra as medidas e pediram para reabrir mais cedo.
16 Setembro 2021, 08h00

A última fase de desconfinamento aproxima-se a passos largos, com 80% da população portuguesa já vacinada contra o vírus da Covid-19. A última abertura económica decretada pelo Governo define a reabertura da atividade dos bares e discotecas mediante a apresentação de certificado digital Covid da UE ou de um teste negativo, algo que pode acontecer caso a autorização do Infarmed chegue na quinta-feira.

De relembrar que estes estabelecimento encerraram portas em março de 2020 e nas fases de desconfinamento anteriores ainda não conseguiram abrir portas. Já passaram 18 meses desde que os proprietários destes espaços de diversão noturna tiveram de fechar as portas dos seus negócios, e desde então que muitos se insurgiram contra as medidas e pediram para reabrir mais cedo.

No fim de agosto, o comentador Marques Mendes dava conta que estes espaços pudessem abrir na terceira semana de setembro, ou seja, já na próxima semana, mas ainda falta vacinar pouco mais de 5% da população para que a reabertura possa ser possível. No entanto, o Governo apontou que a terceira fase só aconteça em outubro, uma distância temporal de 16 dias.

A terceira fase de desconfinamento incluiu ainda o fim de limites de lotação para vários eventos, nomeadamente casamentos e batizados, restaurantes, cafés e pastelarias terminam ainda o limite máximo de pessoas por grupo, e os estabelecimentos e equipamentos podem ainda receber grupos sem limite de pessoas. Os espetáculos culturais também podem acontecer sem limites de lotação, o que significa que os teatros, cinemas e concertos podem acontecer sem a distância de duas cadeiras.

A reunião dos especialistas do Infarmed deve ainda decretar um Freedom Day (dia da libertação) da generalidade das restrições, onde estão visadas as medidas de utilização de máscaras, apresentação de certificado digital e higienização das mãos.

De acordo com o “Expresso”, os especialistas vão defender que não existe a “necessidade de manter medidas obrigatórias seja onde for” mas que se deve optar por “reeducar a população para a autoavaliação do risco, deixando os comportamentos aos critérios de cada um”.

Por enquanto, a única dúvida no fim de todas as restrições recai sobre as escolas e transportes públicos. “É preciso que todos entendam que Portugal está em condições ideais para fazer o regresso à normalidade”.

De relembrar que a segunda fase de desconfinamento entrou em vigor a 23 de agosto, com o Governo inicialmente a perspetivar que só acontecesse a 5 de setembro. Nesta fase, mais de 70% da população tinha de estar vacinada e os restaurantes, cafés e pastelarias passaram a ter um limite máximo de oito pessoas por grupo no interior dos estabelecimentos, os serviços públicos deixaram de ter marcação prévia e os transportes públicos passaram a circular sem limite de lotação. Foi ainda nesta fase de desconfinamento que os espetáculos culturais passaram a funcionar com 75% da lotação, à semelhança de eventos como casamentos e batizados.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.