Costuma dizer-se que o saber não ocupa lugar, mas na sociedade do conhecimento em que vivemos, ocupa mais do que isso. A necessidade de adquirir novos conhecimentos e obter novas competências é permanente. Uma via para lá chegar é a Pós-Graduação (PG), que, como o nome indica, é um curso que só se faz após o diploma do ensino superior. Uma PG, sigla por que também é conhecida, não dá grau académico, somente um diploma.
“Eu, pessoalmente, escolheria estar do outro lado da sala, como participante. E sempre que posso, faço-o”, diz José Crespo Carvalho, presidente do ISCTE Executive Education, ao Jornal Económico (JE). O conhecimento, associado à necessidade de estabelecer e, mais tarde, cultivar uma boa rede de contactos e relações de proximidade ao tecido empresarial, obriga até mesmo um professor a regressar, por vezes, a uma cadeira diferente na sala de aula. Quem diz um professor, diz um engenheiro, um licenciado em História ou Sociologia ou Matemática.
Luís Cardoso, presidente do ISEG Executive Education, instituição de formação executiva do ISEG, a escola de Gestão e Economia da Universidade de Lisboa, a maior universidade portuguesa, explica ao JE que a procura por estes programas no Quelhas é feita por pessoas formadas em diversas áreas. “Sentem, em determinado momento das suas carreiras, a necessidade e motivação de adquirirem sólidas competências em gestão decisivas ao seu êxito profissionalfie ascensão na carreira”.
O ISEG tem uma grande oferta deste tipo de programas orientados para quadros empresariais e empreendedores. “A generalidade dos participantes são profissionais que ao fim de seis, oito, ou 10 anos de carreira se deparam com desafios que aumentam as suas responsabilidades, nomeadamente na área da gestão”, diz Luís Cardoso.
Experiência profissional na bagagem é também característica comum a quem procura a Coimbra Business School. Pedro Costa, presidente da instituição, contabiliza em 95% os alunos das pós-graduações que têm atuação no mercado de trabalho.
As motivações que levam um indivíduo a fazer uma PG são várias, mas, no geral, vai-se em busca de conhecimento que permita ir a um concurso, ganhar e subir na carreira; mudar de empresa para uma função mais apetecível, ou muito simplesmente tomar o destino nas próprias mãos e… lançar-se num negócio. Mil razões que Joana Seixas, Subdiretora do ISAG – European Business School, escola de negócios do Porto, resume numa única frase: “A principal é a aquisição e/ou atualização de competências”.
Já na vizinha Católica-Porto Business School, escola de negócios da Universidade Católica na cidade Invicta, “maioritariamente, são pessoas que não têm formação de base em Gestão e vêm de outras áreas de conhecimento” em busca de ferramentas de gestão, realça Gonçalo Faria, Associate Dean para a Formação Executiva ao JE.
Procura em alta
Em Portugal, muitas pessoas voltam todos os anos aos bancos da escola em busca de uma especialização que lhes complemente a licenciatura. Os programas de pós-graduação estão em crescimento e as escolas de negócios de Lisboa, Porto e Coimbra ouvidas pelo Jornal Económico, entre as quais se encontram a Nova SBE, Católica-Lisbon, ISEG, ISCTE, Porto Business School, ISG, Coimbra Business School, ISAG e Católica-Porto Business School – apostam neles cada vez mais, respondendo ao mercado.
“A procura por programas de gestão é cada vez maior por parte de profissionais de todas as áreas de formação, desde a engenharia, ao direito e às áreas de saúde, que procuram adquirir conhecimento em ciências económicas e empresariais como complemento das suas formações base”, diz Miguel d’ Abreu Varela, Diretor do ISG – Instituto Superior de Gestão.
Os pergaminhos da escola são um factor de peso para atrair os candidatos. Um trunfo que Céline Abecassis-Moedas, Diretora da Formação de Executivos da Católica Lisbon School of Business & Economics, acarinha, mas que não é o único. “O nosso participante procura-nos não só pela nossa reputação enquanto formação executiva, mas cada vez mais como um espaço de formação onde as tendências de gestão estão intimamente interligadas com a responsabilidade que os agentes económicos e empresas têm de assumir para com a comunidade e o mundo à sua volta”.
Na prática, uma pós-graduação é uma catapulta na carreira de uma pessoa. Patrícia Teixeira Lopes, vice-dean da Porto Business School, outras das escolas portuguesas que integram o olimpo do “Financial Times” em 2020, confirma: “a formação pós-graduada permite evoluir na carreira, seja para posições hierárquicas superiores, seja para novas funções, ou mesmo mudar para outro setor de atividade, ou ainda uma mudança completa de carreira profissional”.
Susana Ferreira, Marketing and Communications Director @ Nova SBE Executive Education, alinha pelo mesmo diapasão. “A maioria dos profissionais procura uma pós-graduação em gestão quando evolui de funções puramente técnicas para funções com responsabilidades de liderança e de gestão de setores do negócio”.
A ideia da prosperidade também está no consciente de quem procura a Nova SBE, escola de negócios da Universidade Nova de Lisboa, Nova SBE, 26ª no ranking internacional do “Financial Times” e a escola portuguesa mais bem classificada na lista.
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