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“Esperamos uma diminuição da inflação nos serviços”

O diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos, Rui Martins, defendeu esta quinta-feira que, para haver uma moderação dos preços, é preciso também que no sector dos serviços assistamos a essa moderação.
18 Julho 2024, 16h36

Porque o futuro é incerto, gerir uma carteira é principalmente um exercício de gestão de risco”. Foi desta forma que o diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos iniciou a sua apresentação sobre as tendências macroeconómicas para 2024 no “Encontro Fora da Caixa”, organizado Caixa Geral de Depósitos (CGD) esta quinta-feira e do qual o Jornal Económico (JE) é media partner.

Rui Martins informou que previsão da empresa do grupo CGD, especializada na gestão de fundos de investimento, é que se verifique uma diminuição da inflação no sector dos serviços. “É visível que os empresários continuam relativamente otimistas, tanto nos Estados Unidos (EUA) como na área do euro, relativamente à evolução dos preços”, afirmou o especialista, neste evento que decorre no Cineteatro de Alcobaça.

Rui Martins diz ainda que os dados referentes a junho dos EUA sobre os serviços, divulgados recentemente, deram “mais confiança” sobre estas previsões da empresa.

“A inflação tem impactado a condução da política monetária e a confiança dos consumidores. O que é que nós podemos esperar para os próximos trimestres? Para haver uma moderação dos preços, uma moderação da inflação, é preciso também que nos serviços assistamos a uma moderação dos preços”, explicou o diretor de Estratégia da Caixa Gestão de Ativos.

Em relação à evolução das taxas de juro e ao crescimento económico, o executivo da Caixa Gestão de Ativos referiu que, na opinião da Caixa Gestão de Ativos, “a perspetiva é mais realista do que o otimismo assistido no início de 2024”, até porque em ambas economias – EUA e países da moeda única – notam-se “menores intenções de contratação do que dispunham há algum tempo”.

Ainda assim, neste evento subordinado ao tema “Turismo em Portugal 360º: Tendências, Desafios e Oportunidades”, assinalou que “num contexto em que se espera, de alguma forma, que venhamos a ter diminuição das taxas [de juro] é possível também termos uma maior disponibilidade das famílias para consumir”.

Quanto aos mercados financeiros, dividiu a abordagem em termos monetários (queda da Euribor a três meses, em função da redução das taxas do BCE), governos (relativa estabilidade, condicionados pelo aumento das yields), ações (desempenhos positivos substanciais, em resultado do incremento das métricas de valorização), cambial (tendência de depreciação do iene) e matérias-primas (subida das cotações, suportadas pelas tensões geopolíticas).

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