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“Esta é uma oportunidade para mostrar aos holandeses um Portugal inovador que está na frente da digitalização da economia”

O primeiro-ministro holandês está numa visita oficial a Portugal esta quarta-feira. Governo quer mostrar a Mark Rutte que o país é um “protagonista da transformação digital da indústria e dos serviços”.
3 Abril 2019, 07h35

O primeiro-ministro holandês está de visita a Portugal e vai reunir-se com o primeiro-ministro esta quarta-feira, 3 de abril. A visita de Mark Rutte vai ser uma oportunidade para Portugal mostrar os seus progressos na digitalização da economia, acredita o Governo português.

“Vamos ter a possibilidade de mostrar ao primeiro-ministro holandês aquilo que estamos a fazer na área de investigação e desenvolvimento, e também no desenvolvimento de serviços de valor acrescentado”, começou por salientar o secretário de Estado da Internacionalização.

“Esta é uma oportunidade de mostrar aos holandeses um Portugal inovador que está na frente da digitalização da economia, e que é um país moderno capaz de ombrear e de oferecer serviços de elevado valor acrescentado no mundo inteiro”, disse Eurico Brilhante Dias em declarações ao Jornal Económico.

Mark Rutte é primeiro-ministro dos Países Baixos desde 2010 e também líder do seu partido, o VVD (Partido do Povo para a Liberdade e Democracia). Na sua agenda para esta visita, está um encontro com o primeiro-ministro António Costa. Os dois homólogos váo visitar hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica.

“Na visita aos laboratórios e aos centros de investigação da Universidade Nova de Lisboa, o primeiro-ministro Mark Rutte vai ter oportunidade de ver como a investigação e o desenvolvimento, e a relação entre as universidades e as empresas portuguesas, está a gerar um tecido económico que produz produtos e serviços de maior valor acrescentado”, afirmou.

Eurico Brilhante Dias destacou a “fortíssima transformação da economia portuguesa e o aumento significativo de investimento estrangeiro em setores de grande desenvolvimento tecnológico como os ultimos da Google, da Volkswagen, da Daimler, ou da BMW com a Critical Software. Este padrão de captação de investimento é um padrão que está a alavancar a transformação do valor acrescentado das exportações nacionais, com forte presença e aumento do peso relativo dos serviços, e dos serviços relacionados com a tecnologia”.

“Para além de sermos o país que acolhe a Websummit, nós somos um protagonista dessa própria transformação digital da indústria e dos serviços. Nestas visitas há sempre um momento em que podemos mostrar que essa transformação está a ocorrer e que Portugal”, destacou.

A relevância das relações comerciais entre as duas nações pode ser atestada através dos dados.  A Holanda foi o quinto país que mais exportou bens para Portugal em 2018, pesando 5% (3,9 mil milhões) no total de importações, num ranking dominado por Espanha com um peso de 31% (23,6 mil milhões de euros). Em termos de exportações de bens, a Holanda foi o sexto maior destino dos bens produzidos em Portugal, valendo 2,2 mil milhões de euros.

“A Holanda está claramente no top 10 dos nossos parceiros comerciais, é um país que tem um potencial logístico fantástico em particular com o porto de Roterdão. É a base da European Space Agency, onde algumas empresas como a Active Space começaram, e hoje desenvolvem as suas atividades em Portugal. É um país onde a própria DST, empresa portuguesa da área de construção, tem um projeto muito interessante na modernização do aeroporto de Schiphol [em Amesterdão]”, afirmou.

“O mercado holandês é um mercado importante também de atração de turismo e de algum investimento na área do imobiliário. Continuamos a acompanhar muito de perto o mercado holandês”, concluiu o secretário de Estado da Internacionalização.

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