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Estado comprou restante coleção do BPN por cinco milhões de euros e vai instalá-la em Coimbra

O Governo quer sinalizar a importância da coleção para que esta fica na esfera do Estado. “Ficará e será colocada em Coimbra, onde se criará um novo pólo de arte contemporânea portuguesa”, assumiu Graça Fonseca ao Observador.
Cristina Bernardo
27 Janeiro 2020, 18h52

O Estado português comprou a coleção de arte do BPN, num total de 196 obras, por cinco milhões de euros e vai agora instalá-las em Coimbra, avançou Graça Fonseca, ministra da Cultura, ao Observador numa entrevista publicada esta segunda-feira, 27 de janeiro.

Ao instalar as obras em Coimbra, o objetivo do Estado é criar um novo Centro de Arte Contemporânea na cidade dos estudantes. “O Estado vai ficar com as 196 obras da colecção do BPN, no valor de cerca de cinco milhões de euros, que são fundamentalmente de artistas portugueses, de várias épocas e gerações, desde Vieira da Silva, Paula Rego, por aí fora”, afirmou a ministra, associando esta medida à aquisição anterior, realizada no ano passado, de 21 obras pelo valor de 300 mil euros para integrar uma colecção de arte do Estado.

Com a sessão anunciada para esta terça-feira, 28 de janeiro, em Sacavém, Mário Centeno também irá comparecer, segundo a ministra da Cultura ao Observador. “Na sequência do processo de falência do BPN, houve muitos factos técnicos a ter em conta, e a complexidade da operação exigia naturalmente um trabalho conjunto entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Cultura e as sociedades que detinham as obras”, justificou a ministra da Cultura.

Assim, o Governo quer sinalizar a importância da coleção para que esta fica na esfera do Estado. “Ficará e será colocada em Coimbra, onde se criará um novo pólo de arte contemporânea portuguesa”, assumiu Graça Fonseca à publicação, relembrando que a cidade “tem muito menos oferta de arte contemporânea do que Lisboa”.

“Se queremos ter uma rede de circulação de arte contemporânea, precisamos de ter vários pólos, e a Região Centro é, evidentemente, um pólo muito importante”, garantiu ao Observador. A ministra da Cultura explicou que esta parte da coleção já foi avaliada pela Direção-Geral do Património Cultural, sendo que anteriormente já tinha saído a coleção Miró em 2018 por 54,4 milhões de euros, estando agora em exposição no Museu de Serralves.

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