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Estado da Região: Governo da Madeira destaca apoios dados na pandemia e critica “pouca vergonha” do Estado

O presidente do executivo madeirense criticou a rejeição do Estado de um aval, para um empréstimo à região, que serviria para auxiliar na resposta à pandemia. Albuquerque sublinhou que esse aval não constituía encargo para o Estado e permitiria à região ter taxas de juro mais baixas.
22 Julho 2021, 09h56

Os apoios concedidos pela região à população e empresas, na pandemia, foram um dos destaques da intervenção de Miguel Albuquerque, presidente do Governo da Madeira, durante o debate do Estado da Região, que decorre na Assembleia Legislativa da Madeira. O governante criticou ainda a “pouca vergonha” do Estado por não ter concedido um aval para um empréstimo, que a região precisava contrair, e que visava auxiliar nas despesas da pandemia.

“Os efeitos sociais e económicos devastadores da pandemia nunca forma minimizados pelo Governo. Desde a primeira hora entendimentos que era precisa apoiar cidadãos e empresas. O nosso objetivo foi sempre o de evitar parar por completo a atividade económica, assegurar a sobrevivência das empresa, garantir os postos de trabalho, e apoiar cidadãos mais vulneráveis”, afirmou Albuquerque.

O governante sublinhou que no que se refere às linhas ativas, de auxílio às empresas, em 2020 e 2021, existiu uma dotação de 232 milhões de euros, tendo sido aprovadas 13.085 candidaturas.

“O valor global retificado foi de 185 milhões de euros que abrangeram 57 mil postos de trabalho. 18 milhões de euros foram concedidos pela Segurança Social no apoio extraordinário ao rendimentos dos trabalhadores, sete milhões de euros pelo Instituto de Emprego da Madeira no apoio complementar aos trabalhadores, e mais 78 milhões de euros pela Segurança Social para o pagamento de layoffs e no incentivo à retoma progressiva”, acrescentou o governante.

Albuquerque destacou também a implementação de um fundo de emergência apoio social e para as organizações locais, as isenções de rendas, que beneficiam 18 mil beneficiários, e que em 2020 representaram 3 milhões de euros e em 2021 mais 3 milhões de euros.

Albuquerque critica “pouca vergonha” da República

O governante voltou a se queixar da falta de apoio do Governo da República para auxiliar a região na pandemia. O governante criticou o “desplante” da República que rejeitou um aval para um empréstimo que a região necessitou contrair para fazer às despesas da pandemia, e que “não implicavam qualquer encargo” para a República e que permitiam à região ter taxas de juro mais baixas.

“Apesar desta pouca vergonha, mais uma contra o povo madeirense, prosseguimos o nosso caminho”, afirmou Albuquerque.

O presidente do executivo madeirense salientou que o turismo, a restauração e os serviços conexos continuam a ser dos setores mais afetados pela pandemia, enquanto que as empresas tecnológicas, o imobiliário e a construção civil foram dos setores menos afetados

Contudo o governante referiu que os primeiros sinais de recuperação económica “já são visíveis” no horizonte.

Madeira ainda atravessa tempos exigentes e difíceis

Na sua intervenção, Albuquerque sublinhou que o Governo Regional “nunca minimizou” a pandemia, e “nunca teve dúvidas sobre a prioridade essencial” que era salvaguardar a saúde e a vida da população.

Albuquerque destacou o “exemplo cívico” da população, e também o trabalho dos profissionais de saúde em prol do bem comum.

No seu discurso o governante sublinhou que a operação montada nos aeroportos, portos e marinas da Madeira, para conter a pandemia, tem tido “grande eficácia”.

Albuquerque disse que o executivo madeirense atuou sempre com “antecipação e com clareza, não deixando ao acaso a resolução dos problemas”. O governante destacou as obras que foram realizadas no hospital com a instalação de unidades autónomas para atendimento e internamento de doentes Covid-19.

O governante abordou também o plano regional de vacinação, contra o coronavírus, onde foram abertos centros de vacinação em todos os concelhos da Madeira. “Tudo tem corrido com ordem e segurança”, disse o presidente do Governo da Madeira.

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