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Estado espanhol adquire 3% da Telefónica e volta à lista de acionistas mais de 20 anos depois

A aquisição faz com que ‘holding’ estatal SEPI passe a ser o quarto acionista da Telefónica, logo depois da Saudi Telecom Company, do banco BBVA, do Criteria Caixa e CaixaBank, bem como da Blackrock.
26 Março 2024, 10h09

O Estado espanhol, através da Sociedad Estatal de Participaciones Industriales (SEPI), detém oficialmente uma participação minoritária na Telefónica de 3%. O facto de a SEPI ter passado esta segunda-feira a ser proprietária 3,044% da operadora de telecomunicações representa o regresso do capital público à empresa mais de um quarto de século após a privatização.

A confirmação foi transmitida pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), que indicou também que SEPI tinha 175.039.412 direitos de voto na Telefónica à hora do fecho da sessão bolsista de ontem.

A transação faz com que o Estado de Espanha passe a ser o quarto acionista da Telefónica, logo depois da Saudi Telecom Company (STC), do banco BBVA, do Criteria Caixa e CaixaBank, bem como da BlackRock. A Assembleia Geral de acionistas da Telefónica está agendada para o próximo dia 12 de abril.

No início deste mês, veio a público que os sauditas da STC estiveram a acelerar os preparativos para comprar a Altice Portugal com o objetivo de aumentar a sua área de influência no mercado europeu. O grupo considera que a marca Meo e os ativos da antiga Portugal Telecom são especialmente tentadores pela possibilidade de “explorar ou promover” sinergias na Península Ibérica, nomeadamente com a Telefónica.

Em meados de dezembro, o Conselho de Ministros espanhol, por proposta do ministro das Finanças e da Função Pública, aprovou o decreto que autoriza a aquisição de ações da empresa de telecomunicações até um máximo de 10% do capital social, realizada por via da SEPI.

“A Telefónica é uma das principais empresas do país, líder no sector de telecomunicações e chave em outras áreas estratégicas. A empresa é decisiva pelas suas capacidades industriais e áreas de conhecimento, uma vez que desenvolve atividades relevantes para a economia e o tecido produtivo, incluindo as relacionadas com a segurança e defesa”, constatou o Governo do país vizinho.

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