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“Este é o momento para baixar o IRC. É um incentivo ao investimento”, defende líder da CCP

Em entrevista ao JE, João Vieira Lopes critica a ausência de medidas de incentivo ao investimento nas propostas dos partidos para estas legislativas e defende ainda o alívio da carga fiscal sobre as empresas e fala sobre a situação do sector.
8 Março 2024, 08h49

João Vieira Lopes, presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, defende que esta é a altura ideal para baixar o IRC, sobretudo porque a redução deste imposto às empresas representa um incentivo ao investimento.

Em entrevista ao JE, que pode ler na íntegra na edição semanal que já se encontra nas bancas e nas plataformas digitais, este responsável critica a ausência de medidas de incentivo ao investimento e defende ainda o alívio da carga fiscal sobre as empresas e fala sobre a situação do sector.

O líder da CCP considera que a questão fundamental em Portugal passa pelo “crescimento económico”: “Temos de analisar se são consequentes, ou não, as propostas que os principais partidos fazem, por exemplo, de baixa dos impostos para os cidadãos e consumidores. O aspeto da fiscalidade é também uma questão importante para as empresas. Há uma proposta de baixa do IRC que não é novidade…”.

Quanto à baixa de IRC de 21% para 15% proposta pela AD, João Vieira Lopes recorda que a mesma “é semelhante a um acordo que já houve entre o PS e o Governo de Passos Coelho e participámos nessa negociação na altura”. Este responsável destaca ainda as “propostas para baixar as tributações autónomas que consideramos bastante importante porque são um imposto absurdo que incide sobre custos. Baixando as tributações autónomas apanha-se transversalmente todo o tecido empresarial, não só as empresas que têm resultados positivos”.

João Vieira Lopes defende que este é tempo de avançar para um alívio do IRC e avança com duas razões para que isso aconteça: “Por um lado, a baixa do IRC, mais do que os seus custos, é um incentivo ao investimento e, quer se queira quer não, tem influência no investimento internacional. É um elemento importante e, acima de tudo, a complexidade daquilo que não é só a taxa nominal, mas também as derramas estadual e municipal e as tributações autónomas. Tem sentido mexer a sério nesse aspeto”.

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