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Estímulo Monetário: O risco de ressaca num mundo viciado em dívida

O medo de uma crise financeira, além da inevitável recessão provocada pela Covid-19, levou os bancos centrais a injetar liquidez no sistema, em doses gigantescas de compras de ativos. A receita está a funcionar, mas o vício do ‘Quantitative Easing’ pode resultar numa ressaca, e embora não seja provável que a inflação acelere, a verdade é que os bancos centrais compraram mais risco e criaram uma montanha de dívida que um dia terá de ser paga, alertam os economistas consultados pelo JE.
25 Maio 2020, 08h00

“Seis biliões de dólares é uma quantia impressionante, equivalente a mais de metade do total global de Quantitative Easing (QE) acumulado entre 2009 e 2018”, disse Robert Sierra, diretor da equipa de economistas da Fitch, referindo-se ao valor de ativos que a agência de notação vê os bancos centrais a comprarem em 2020 para conter o impacto económico da Covid-19.

Segundo a Fitch, o balanço da Reserva Federal (Fed) em meados de março situava-se em 4,3 biliões de dólares, mas deverá terminar o ano perto dos dez biliões, impulsionado também pelos swaps cambiais no contexto da procura global por dólares e pela participação em programas de empréstimos diretos a empresas. O balanço do Banco Central Europeu (BCE), que estava em cerca de 4,7 biliões de euros no final de 2019, poderá facilmente ultrapassar os 6 biliões este ano.

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