[weglot_switcher]

Estudo revela que famílias portuguesas com crianças estão a enfrentar fortes problemas financeiros

Segundo este estudo, “mais de metade dos portugueses raramente ficam com dinheiro suficiente até ao fim do mês depois de pagarem as contas”.
21 Setembro 2020, 08h20

Um estudo da consultora Intrum revela que as famílias portuguesas com crianças estão a enfrentar fortes problemas financeiros. Segundo o documento, “mais de metade dos portugueses raramente ficam com dinheiro suficiente até ao fim do mês depois de pagar as contas”, enquanto “mais de 60% dos europeus referem que o seu rendimento familiar sofreu uma redução significativa devido à Covid-19”.

“A iniciar-se o novo ano escolar 2020-2021, a Intrum divulga na edição especial do ‘ECPR 2020 – European Consumer Payment Report’, o ‘White Paper Covid-19’, sobre o impacto financeiro da pandemia Covid-19 nos consumidores e nas suas finanças pessoais, com reflexos visíveis nas famílias com crianças”, explica um comunicado da Intrum.

De acordo com a nota informatva, “o estudo, que abrange 24 países europeus, incluindo Portugal, revela que as famílias com filhos estão a enfrentar fortes problemas financeiros e 63% dos inquiridos refere que o seu rendimento familiar foi reduzido em resultado do surto Covid-19, em contraste com os 49% dos inquiridos sem filhos”.

“Em Portugal, 55% das famílias com crianças concordam com a afirmação. A Itália e a Grécia são os países em que as famílias com filhos enfrentam maiores problemas financeiros (74%)”, adiantam os responsáveis da Intrum.

O mesmo documento acrescenta que, “com o regresso às aulas de milhares de alunos em todo o país, este ano, devido à pandemia de Covid-19, nada será como antes”.

“O estudo da Intrum revela que a nível europeus, 39% das famílias com filhos depois de pagarem as suas contas raramente ficam com dinheiro suficiente até ao final do mês, uma percentagem que se situava nos 30% em 2019. Em Portugal, esta percentagem situa-se nos 52%, mais 17 pontos percentuais do que em 2019. Em contrapartida, Espanha é um dos países que menos sente o impacto da Covid-19 ao final do mês, registando uma percentagem de 27%”, assume a consultora.

Segundo a Intrum, “no ano passado, 43% das famílias europeias estavam preocupadas que o aumento das contas tivesse um impacto severo sobre o seu bem-estar, enquanto este ano e com a crise provocada pela Covid-19, esta percentagem sofreu um aumento de 20% passando para 51%”.

“Atualmente, as famílias portuguesas que têm filhos sentem também essa preocupação, registando uma percentagem de 74%”, precisa o comunicado em questão.

Para Luís Salvaterra, diretor-geral da Intrum Portugal, “este regresso às aulas em condições tão excecionais vai obrigar todas as famílias a reverem os seus hábitos”.

“As dificuldades financeiras agravam esta situação e a gestão da economia doméstica deve ser efetuada com todas as cautelas e ponderação”, considera este responsável.

A Intrum reclama ser a empresa líder na indústria de serviços de gestão de crédito, com presença em 24 mercados na Europa. Conta com mais de 10 mil colaboradores, que servem cerca de 80 mil empresas em toda a Europa, tendo gerado receitas  no valor de 1.522 milhões de euros em 2019.

A Intrum está sediada na Suécia e está cotada na bolsa Nasdaq Estocolmo. Em Portugal desde 1997, a Intrum tem mais de 250 colaboradores.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.