Portugal é o país que oferece as melhores oportunidades para as mulheres na indústria tecnológica, segundo um estudo realizado pela plataforma alemã dedicada a carreiras na área da tecnologia “Honeypot”. Estados Unidos e Letônia também aparecem na liderança do ranking.
Os resultados mostram que os três países possuem uma disparidade salarial entre 6 e 7% inferior às médias dos demais países sob estudo. Além da questão salarial, os indicadores analisaram dados como o número de mulheres a actuar na indústria de tecnologia e a progressão na carreira.
Portugal apresentou o melhor resultado para as diferenças salariais entre géneros, 7,26% melhor do que a média geral. A média de salários no setor é de cerca de 31 mil euros, enquanto que para as mulheres é de cerca de 28 mil euros, um gap de 11%. No entanto, ao comparar a evolução dessa desigualdade nos últimos cinco anos, o país foi o que apresentou o maior aumento do indicador, com crescimento de cerca de 5%.
A co-Fundadora da “Honeypot”, Emma Tracey, afirma que a igualdade de géneros no mercado de trabalho é, não apenas uma questão de ética ou moral, mas também económica, reforçando que, segundo a consultora “McKinsey” 12 biliões de dólares (cerca de 9,7 biliões de euros) poderiam ser adicionados ao PIB global até 2025 ao promover a equidade para as mulheres.
Tracey afirma ainda que esta claro que ainda existe desigualdade entre homens e mulheres no sector da tecnologia e reforça que a questão precisa ser debatida.
O estudo analisou de 41 países da OCDE e da União Europeia.
Os Estados Unidos têm o maior número de mulheres como força de trabalho, com 74,43 milhões. Malta está do outro lado da balança, com apenas 80 mil. A Lituânia tem a maior percentagem de mão-de-obra feminina (51,17%), muito semelhante à Letónia (50,25%), com a Turquia a apresentar a menor percentagem (31,55%).
A Letónia tem a maior percentagem de mulheres legisladoras, altos funcionários e gestoras (44,4%), enquanto a Coreia do Sul tem o mínimo (10,7%). Em termos dos parlamentos, é a Suécia que apresenta um maior índice de mulheres (44,5%), com o Japão do lado contrário (9,9%). Mas é a Finlândia que apresenta maior número de mulheres em cargos ministeriais (62,5%), enquanto a Hungria e a República Eslovaca não têm qualquer mulhere em cargos ministeriais.
Em termos salariais é o Luxemburgo que tem o maior salário anual para as mulheres (47.945 euros), sendo a Bulgária o país com o pior índice (9.945 euros). As disparidades globais de remuneração entre homens e mulheres são maiores na Coreia do Sul (37,18%) e menores na Itália e no Luxemburgo (5,5%).
No que se refere às indústrias tecnológicas, os Estados Unidos têm mais funcionários nessa área (seis 6 milhões), enquanto Malta e a Islândia têm o mínimo sete mil), sendo novamente os norte-americanos a agregarem mais mulheres no setor (1,5 milhões) e Malta menos (800).
A Finlândia tem 6,04% da força de trabalho no setor tecnológico, enquanto a Turquia tem apenas 0,8%, mas é a Bulgária que tem a maior percentagem de mulheres a trabalhar na área (30,28%), estando a República Eslovaca no outro lado (9,29%).
Finalmente, o estudo indica que a Suíça tem o melhor índice de desigualdade de género (0,04) enquanto o México tem o pior (0,345).
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