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Estudo sugere que investir em Lego pode ser mais lucrativo do que em ouro

Os investigadores revelaram que o valor do mercado de Lego usado aumenta 11% ao ano, o que se traduz numa taxa de retorno melhor e mais rápida do que ouro, ações, títulos, selos e vinho.
Lego (Brinquedos)
10 Dezembro 2021, 12h55

Investir em Lego é mais lucrativo do que ouro, arte ou vinho, de acordo com um estudo conduzido por investigadores da Escola Superior de Economia da Rússia (HSE – sigla em inglês) divulgado pelo “The Guardian” esta sexta-feira, 10 de dezembro.

O estudo, que analisou os preços de 2.322 conjuntos de Lego de 1987 a 2015, disse que fatores como uma produção limitada, edições especiais para colecionadores e escassez no mercado de segunda mão aumentaram significativamente os preços ao longo dos anos.

Os investigadores revelaram que o valor do mercado de Lego usado aumenta 11% ao ano, o que se traduz numa taxa de retorno melhor e mais rápida do que ouro, ações, títulos, selos e vinho.

“Estamos habituados a pensar que as pessoas compram itens como joias, antiguidades ou obras de arte como um investimento”, disse Victoria Dobrynskaya, professora associada da Faculdade de Ciências Económicas da HSE. “Porém, existem outras opções, como brinquedos colecionáveis. Dezenas de milhares de negócios são feitos no mercado secundário de Lego. Mesmo tendo em consideração os preços baixos da maioria dos aparelhos, esse é um mercado enorme e pouco conhecido pelos investidores tradicionais”.

Os conjuntos mais caros incluem as réplicas de alguns dos modelos de naves espaciais da saga Star Wars, como o Millennium Falcon, Death Star II e o Imperial Star Destroyer, ou até, uma réplica em Lego do Taj Mahal.

“Conjuntos produzidos há 20/30 anos deixam os fãs de Lego nostálgicos, e os preços deles sobem”, disse Dobrynskaya. “Mas, apesar da alta margem de lucro dos aparelhos Lego no mercado secundário em geral, nem todos os aparelhos são igualmente bem-sucedidos. É preciso ser um verdadeiro fã de Lego para entender as nuances do mercado e ver o potencial de investimento em determinados conjuntos”.

No mês passado, a Lego, a maior fabricante de brinquedos do mundo, concedeu aos seus 20 mil funcionários três dias extras de férias e um bónus especial após relatar um ano abundante de receitas e lucros.

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