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EUA: Biden pode começar a gritar vitória

Ex-vice-presidente de Barack Obama é dado como vencedor nos Estados da Flórida, Illinois e Arizona, onde são eleitos 441 delegados. A votação no Ohio foi suspensa, criando um precedente que pode implicar com as eleições de novembro.
Twitter Joe Biden
18 Março 2020, 07h05

Terá sido um dos dias mais estranhos de todos os que os eleitores do Partido Democrata viveram desde que começaram a votar nas primárias norte-americanas: eram recebidos nas mesas de voto por elementos da organização munidos de luvas e desinfetante para as mãos, pediam para que se despachassem e não permitiam a formação de filas.

A votação de ontem nos Estados da Flórida, Illinois e Arizona – que elegem 441 congressistas democratas – pode ser decisiva, tanto mais que, segundo os jornais norte-americanos, todas as sondagens apontam para Joe Biden como vitorioso em cada uma das regiões.

Aliás, as sondagens mostram que os votantes democratas passaram a ir atrás do líder – ou seja, desde que Biden tomou a dianteira que o seu único rival, Bernie Sanders, começou a cair a pique nas intenções de voto. Agora, segundo os analistas, é só uma questão de tempo: Jeo Biden será quase de certeza o democrata a confrontar Donald Trump nas eleições de e de novembro próximo.

Ohio –onde são eleitos 136 delegados – também fazia parte do programado das votações de ontem, mas o governador Mike DeWine disse que as preocupações com a saúde pública tornaram a votação pessoal muito perigosa. Um juiz do Estado bloqueou o seu primeiro esforço para adiar a votação para 2 de junho, mas o diretor de saúde do estadual ordenou que as mesas de voto fossem encerradas como uma emergência de saúde.

As autoridades dos três Estados onde se realizou o escrutínio garantiram que era seguro votar, apesar dos temores sobre o novo coronavírus, que alterou drasticamente a vida norte-americana. Mas nem todos parecem estar convencidos disso, e não são só as autoridades sanitárias do Ohio que pensam assim. Segundo a agência Reuters, há vários Estados que estão a ponderar suspender as primárias e adiá-las para mais tarde.
Para já, não há indicações de que estas suspensões interfiram diretamente com o dia das eleções para a presidência, mas com certeza que tanto no campo dos democratas como no dos republicanso, já haverá quem esteja a fazer contas. Principalmente depois do precedente (longínquo) registado na passada segunda-feira, quando o presidente francês Emmanuel Macron decidiu adiar a segunda volta das eleições regionais francesas.

Na segunda-feira, a Casa Branca recomendou que todos deviam evitar reuniões de mais de 10 pessoas e o fecho de bares e restaurantes. Escolas, empresas, eventos desportivos e culturais foram suspensos em todo o país.

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