A taxa de desemprego nos Estados Unidos disparou para 14,7% em abril, de 4,4% em março, com o número de empregos no setores não-agrícolas a cair 20,5 milhões, revelou esta sexta-feira o U.S. Bureau of Labour Statistics, realçando o impacto da pandemia da Covid-19 e da medidas de contenção na maior economia do mundo.
“Esta é a taxa mais elevada e o maior aumento mensal na história da série, cujos dados com ajuste sazonal estão disponíveis desde janeiro de 1948”, explicou o Governo norte-americano.
O número de desempregados aumentou 15,9 milhões, para 23,1 milhões em abril, adiantou. “Os aumentos acentuados nestes indicadores refletem os efeitos da pandemia do coronavírus e os esforços para contê-la”, sublinhou.
O nível do desemprego, revelado hoje, contrasta com os dados do início do ano de 2020. Por exemplo, em fevereiro, a taxa de desemprego tinha ficado em 3,5%, um mínimo histórico de 50 anos. Por outro lado, o nível do desemprego norte-americano confirma os rastro destrutivo da Covid-19 na economia daquele país.
Ontem, 7 de maio, o Departamento do Trabalho revelara que mais de 3,16 milhões de pessoas tinham já solicitado subsídios de desemprego nos Estados Unidos na última semana do mês de abril, elevando o total de pedidos para mais de 33 milhões nas últimas sete semanas.
No total, desde que os impactos da Covid-19 se fazem sentir na economia dos EUA, perto de 33,5 milhões de pessoas pediram apoio por estarem sem emprego, com a pandemia a forçar as empresas a fecharem as suas portas.
No último balanço feito pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos registavam 2.448 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 75.500 o número total de óbitos desde o início do surto epidemiológico naquele país.
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