A criação de emprego pela economia norte-americana aumentou inesperadamente em setembro, tendo-se adicionado 336 mil novos postos de trabalho, quase o dobro do estimado (as estimativas da Refinitiv apontavam para 170 mil), mesmo depois de uma revisão em alta da leitura do mês anterior, de 187 mil para os 227 mil empregos.
A MTrader dá conta que o sector privado dos Estados Unidos criou 263 mil novos postos de trabalho (estimava-se 160 mil), “a mostrar um aumento do ritmo de contratação dos 177 mil criados em agosto”.
A participação no mercado de trabalho manteve-se constante, nos 62,8%, conforme o esperado, segundo os analistas do BCP.
O crescimento salarial manteve o ritmo de subida, ao avançar 0,2% face a agosto (as estimativas apontavam para 0,3%).
Os dados divulgados hoje dão conta que a taxa de desemprego nos EUA manteve-se nos 3,8% registados no mês anterior, embora os economistas estimassem um recuo para os 3,7%.
A MTrader revela que a criação de emprego nos EUA “continua muito forte e muito acima do esperado, revelando que o mercado laboral continua robusto, o que dificulta o combate à inflação por parte da Fed, que já referiu por diversas vezes que menor robustez laboral facilitaria uma diminuição da inflação”.
Em resposta a estes dados, os mercados eliminaram os ganhos do dia e inverteram a tendência, com as yields de dívida soberana a dispararem para novos máximos do ano, a rondar os 4,90%
“Os sectores mais cíclicos seguem poderão seguir assim entre os mais penalizados, juntamente com os sectores que apresentam maior dívida, como o de Utilities”, destacam os analistas.
Ainda assim, “estes dados continuam a suportar resiliência económica, tornando mais improvável um cenário de recessão e sustentando a ideia de soft-landing, um cenário favorável para os mercados acionistas”, conclui a MTrader.
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