O número de falências de empresas nos EUA atingiu novos máximos em 2024, aproximando-se novamente dos valores registados no rescaldo da grande crise financeira que abalou a economia mundial. Pressionadas pela inflação, juros elevados e uma procura fraca, as insolvências têm vindo a subir.
Dados da S&P Global Market Intelligence citados pelo ‘Financial Times’ mostram uma subida de 8% em 2024 no número de empresas que pediram solvência, ou seja, 686. Desde 2010 que este número não era tão elevado, quando os EUA registaram 828 pedidos de solvência e falências de empresas.
Além deste aumento nas falências empresariais, as tentativas extrajudiciais de reestruturação ou recuperação de créditos foram o dobro dos pedidos de solvência, de acordo com a Fitch. Tal mostra não só quão abrangentes são as dificuldades das empresas norte-americanas, como também a capacidade dos investidores de salvar parte da dívida envolvida nestas firmas.
A procura por bens de consumo tem sido fraca nos últimos anos, refletindo ainda o forte abalo que o sector sofreu durante a pandemia. Desde então, a subida dos custos e consequente onda de inflação colocaram ainda mais entraves a estas empresas, que se viram posteriormente mais pressionadas pela rápida e agressiva subida dos juros diretores.
A título comparativo, os EUA registaram apenas 777 pedidos de solvência em 2021 e 2022 combinados, quando o ambiente monetário era diametralmente oposto.
Das empresas que declararam falência em 2024, pelo menos 30 terão mais de mil milhões de dólares em passivos.
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