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EUA impõe sanções a mais venezuelanos e alertam contra a Constituinte

Medida tem como objetivo pressionar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, quatro dias antes da eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, convocada para o domingo.
Jonathan Ernst/REUTERS
26 Julho 2017, 20h54

Os Estados Unidos impuseram hoje novas sanções contra 13 funcionários ou ex-funcionários do governo da Venezuela por abusos de direitos humanos, corrupção ou ações para minar a democracia no país. A medida tem como objetivo pressionar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, quatro dias antes da eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, convocada para o domingo.

Entre os punidos estão o chefe da Comissão Presidencial para a Constituinte e ex-vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena; a ex-ministra e também membro  da Comissão Presidencial Constituinte, María Iris Varela, e o defensor do povo, Tarek William Saab.

Também estão na lista o ministro do Interior, Justiça e Paz, Néstor Reverol; o comandante da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), Sergio Rivero Marcano; o chefe da Polícia Nacional Bolivariana, Carlos Alfredo Pérez; e o comandante do Exército, Jesús Suárez.

Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA puniu pessoas ligadas à estatal petrolífera PDVSA e representantes do setor económico do país, como o presidente do Centro Nacional de Comércio Exterior, Rocco Albisinni Serrano.

Os punidos hoje coincidem em parte com uma lista proposta ontem a Trump pelos senadores de origem cubana Marco Rubio e Bob Ménendez. Todos os sancionados terão os bens congelados nos EUA e serão proibidos de fazer transacções com americanos.

Apesar de incluir na lista funcionários de alto escalão da PDVSA, o governo de Donald Trump não chegou ao ponto de impôr sanções mais amplas que pudessem afetar todo o setor petrolífero do país, uma vez que os EUA são um grande comprador do petróleo. No entanto, Trump já alertou que a ideia não foi totalmente descartada.

O mandatário americano alertou na semana passada que, se Maduro seguir adiante com os planos da  Constituinte, os EUA responderão com ações económicas fortes. “Ainda esperamos que Maduro mude de opinião, mas se ele seguir em frente, será inaceitável. A Venezuela pode esperar sanções económicas imediatas e fortes”, afirmou um funcionário da Casa Branca.

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