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EUA: Inflação cai menos do que o esperado em janeiro para 6,4%

Apesar da descida tímida, é o valor mais baixo deste indicador desde outubro de 2021. Inflação em cadeia aumentou 0,5% e a subjacente continua a subir, enquanto os preços da gasolina inverteram tendência de queda dos últimos meses.
9 – Los Angeles, Estados Unidos
14 Fevereiro 2023, 14h43

A inflação nos EUA recuou menos do que o esperado em janeiro, caindo apenas 0,1 pontos percentuais (p.p.) para 6,4%, o que se traduz também num avanço em cadeia. O indicador vem caindo há mais de meio ano e a expectativa dos mercados e analistas era de nova redução mais substancial, mas várias categorias subiram mais do que esperado.

Apesar de ficar acima das projeções do mercado, o valor divulgado esta terça-feira é o mais baixo para o indicador desde outubro de 2021, sublinhando bem a pressão a que os preços nos EUA têm estado submetidos.

Em cadeia, a inflação foi de 0,5%, dando continuidade ao aumento de 0,1% de dezembro. Já ignorando a energia e bens alimentares não-transformados, ou seja, olhando para o indicador subjacente, este acelerou 0,4% em relação ao mês anterior e 5,4% em termos homólogos, ambos os valores acima do projetado.

O alojamento foi o principal motor da subida, representando quase metade do avanço em cadeia, juntando-se à energia, que tem tido um papel fulcral na variação de preços no último ano. Em particular, os preços da gasolina reverteram a queda que se vinha verificando nos últimos meses, voltando a acelerar 1,5% no mês em análise.

A Reserva Federal irá olhar com atenção para os números, embora seja sabido que a variação do índice de preços no consumidor (IPC) não é o indicador de referência do banco central para avaliar a inflação no país. Ainda assim, esta nova subida aliada aos fortes dados do mercado laboral em janeiro colocam novas dúvidas quanto ao processo de aperto monetário em curso, abrindo margem de manobra para novas subidas na casa dos 50 pontos e adiando o fim deste ciclo.

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