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EUA: Inflação volta a subir em novembro, mas em linha com expectativas do mercado

O indicador de preços subiu pelo segundo mês consecutivo, chegando a 2,7%, embora tal estivesse já previsto pela Fed e investidores. A inflação subjacente mantém-se elevada, acima de 3%, mas a reunião de política monetária da próxima semana deve trazer nova descida dos juros.
6 – Nova Iorque, Estados Unidos
11 Dezembro 2024, 16h35

A inflação nos EUA voltou a subir pelo segundo mês consecutivo em novembro, ainda que em linha com as expectativas de mercado, chegando assim a 2,7%. Esta leitura deve assegurar novo corte de juros na maior economia do mundo na próxima semana, quando a Reserva Federal reunir pela última vez este ano.

O índice de preços no consumidor (IPC) acelerou marginalmente para 2,7% depois da leitura de 2,6% em outubro, ficando assim nos valores projetados pelo mercado e analistas. A própria Fed já havia sinalizado que seria expectável nova subida, ainda que ligeira, do indicador de preços no último trimestre do ano, cenário que se concretiza.

A subida fica assim a dever-se sobretudo a efeitos base do ano passado, embora o IPC em cadeia também tenha subido: de 0,2% nas últimas quatro leituras, o indicador subiu agora para 0,3%.

Em termos homólogos, as componentes mais voláteis do cabaz norte-americano, a energia e alimentação, foram as principais responsáveis pela aceleração. Por um lado, os bens energéticos registaram uma descida de preço menos assinalável do que no mês anterior, passando de uma queda de 4,9% em outubro para 3,2% em novembro; por outro, os bens alimentares aceleraram de 2,1% para 2,5%.

Em sentido inverso, componentes como a habitação ou os veículos abrandaram em relação ao mês anterior.

Ainda assim, o indicador subjacente manteve-se nos mesmos valores observados em outubro, com uma variação homóloga de 3,3% e 0,3% em cadeia.

Esta leitura deve cimentar nova descida dos juros diretores nos EUA, apontam os analistas, dado que a mensagem do banco central tem frisado o caráter restritivo da atual política monetária. Ainda assim, o mercado tem vindo a ajustar em alta as projeções para os juros no próximo ano, dado o efeito que as tarifas de Trump deverão ter do lado do crescimento e o acréscimo de inflação que deverão conferir.

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