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EUA: Mais de 200 ex-colaboradores de candidatos republicanos apoiam Kamala Harris

Numa carta aberta, divulgada pela primeira vez na segunda-feira pelo jornal USA Today, 238 pessoas que trabalharam para o ex-presidente George H.W. Bush, o ex-presidente George W. Bush, o ex-senador do Arizona John McCain e o senador do Utah Mitt Romney, apelam aos seus colegas “republicanos moderados e independentes conservadores” para se juntarem no apoio a Harris.
Kamala Harris
Democratic presidential candidate and U.S. Vice President Kamala Harris speaks at a presidential election campaign event in Atlanta, Georgia, U.S. July 30, 2024. REUTERS/Dustin Chambers
27 Agosto 2024, 20h35

Mais de 200 colaboradores de quatros anteriores candidatos presidenciais republicanos manifestaram apoio à candidatura da democrata Kamala Harris à Casa Branca, advertindo para um “simplesmente insustentável” segundo mandato de Donald Trump que “prejudicará pessoas reais e comuns”.

Numa carta aberta, divulgada pela primeira vez na segunda-feira pelo jornal USA Today, 238 pessoas que trabalharam para o ex-presidente George H.W. Bush, o ex-presidente George W. Bush, o ex-senador do Arizona John McCain e o senador do Utah Mitt Romney, apelam aos seus colegas “republicanos moderados e independentes conservadores” para se juntarem no apoio a Harris, noticiou hoje a agência Associated Press (AP).

“É claro que temos muitas divergências ideológicas com a vice-presidente Harris e o governador [Tim] Walz [candidato a vice-presidente pelos democratas]”, sublinharam os republicanos.

“A alternativa, no entanto, é simplesmente insustentável”, acrescentaram.

Entre os signatários, estão Reed Galen, antigo membro da campanha de George W. Bush e McCain que cofundou o grupo anti-Trump The Lincoln Project, e Olivia Troye, antiga funcionária de George W. Bush e conselheira de segurança interna do vice-presidente de Trump, Mike Pence.

O leque de cargos representados na carta aberta varia desde chefes de gabinete a estagiários.

“Mais quatro anos de liderança caótica de Donald Trump (…) desta vez centrados no avanço dos objetivos perigosos do Projeto 2025, irão prejudicar pessoas reais e comuns e enfraquecer as nossas instituições sagradas”, destacaram ainda.

Os signatários alertam também que “movimentos democráticos amplos serão irreparavelmente ameaçados quando Trump e o seu acólito JD Vance [candidato a vice-presidente] se prostrarem perante ditadores como Vladimir Putin, ao mesmo tempo que viram as costas aos aliados”.

O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, classificou a carta como “hilariante porque ninguém sabe quem são estas pessoas”.

“Preferem ver o país a arder do que ver o presidente Trump regressar com sucesso à Casa Branca para Engrandecer de Novo a América [“Make America Great Again”, o principal ‘slogan’ do republicano]”, acrescentou Cheung.

Muitos dos mesmos signatários também emitiram uma carta em 2020 a apoiar a candidatura de Biden em vez de Trump.

Atrair o apoio do outro lado do corredor político tornou-se uma tática tanto para Trump como para Harris, à medida que as eleições presidenciais de novembro se aproxima.

Vários republicanos, incluindo John Giles, ‘mayor’ de Mesa, no Arizona, o ex-congressista Adam Kinzinger, do Illinois, e a ex-secretária de imprensa de Trump, Stephanie Grisham, falaram a favor de Harris na Convenção Nacional Democrata da semana passada, em Chicago.

Nos últimos dias, Robert F. Kennedy Jr. – que concorreu nas primárias presidenciais democratas antes de mudar para uma candidatura independente – e o ex-congressista Tulsi Gabbard, do Havai, que procurou a nomeação dos democratas para 2020 antes de abandonar o partido, apoiaram Trump.

O porta-voz da campanha de Trump, Brian Hughes, adiantou hoje que Robert F. Kennedy Jr. e Tulsi Gabbard foram adicionados à equipa de transição Trump-Vance.

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