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EUA: portugueses votariam preferencialmente em Kamala Harris

Uma sondagem global sobre as eleições de 2024 nos Estados Unidos indica que os portugueses votariam preferencialmente na candidata democrata Kamala Harris. Aparente, acontece o mesmo em quase todo o lado, menos, eventualmente, nos próprios Estados Unidos.
25 Outubro 2024, 21h54

Tudo leva a crer que os portugueses que não têm residência nos Estados Unidos não votarão nas eleições presidenciais norte-americanas. Mas aparentemente têm uma opinião sobre o assunto e um estudo da responsabilidade da Associação Gallup International (GIA) e da Intercampus a nível nacional concluiu que, se votasse, os portugueses fá-lo-iam maioritariamente em Kamala Harris em detrimento de Donald Trump.

Os resultados indicam que 70% dos portugueses votariam em Kamala Harris, numa sondagem que concluiu que Portugal integra a intenção de voto global e que percorreu 43 países de vários continentes, durante este mês.

“Portugal é o terceiro país do mundo que considera Kamala como a provável vencedora das eleições, com uma percentagem de resposta de 62% contra os 28% que acredita que Trump será o vencedor. A perceção nacional do impacto das eleições presidenciais americanas no país, situa-se nos 65%, com a maioria dos portugueses a considerar a influência do próximo presidente dos EUA em matérias como a economia, o progresso social ou a gestão dos conflitos armados em Portugal”.

A nível mundial, o cenário é semelhante a Portugal, referem os responsáveis da sondagem, com uma média global de 54% dos inquiridos a afirmar que votariam em Kamala Harris, contra apenas 26% que votaria em Donald Trump. No entanto, na questão sobre quem acham que será o próximo presidente, as percentagens ficam mais equilibradas com 47% dos inquiridos a dar a vitória a Harris e 34% a Trump.

O diretor-geral da Intercampus, António Salvador, afirma, citado pelo comunicado, que “apesar deste estudo revelar uma clara preferência global pela vitória da candidata Kamala Harris, existe ainda uma grande incerteza acerca do resultado efetivo das eleições sobre a intenção de voto e a perceção de quem poderá ser o vencedor”.

Na distribuição global, “Kamala Harris é significativamente mais popular na América Latina e na Europa Ocidental, enquanto Donald Trump tem um maior apoio na Europa Oriental e no Sudeste Asiático”. O documento indica que, “o top de países que apoiam Kamala Harris é liderado pela Dinamarca, onde 85% dos inquiridos afirma que votariam nesta candidata, seguindo-se a Finlândia (82%), a Suécia e a Noruega (ambas com 81%). Já relativamente a Trump, o Top de apoiantes é composto pela Sérvia (59%), Hungria (49%), Bulgária (49%) e Cazaquistão (44%)”.

O inquérito realizado “revela que duas em cada três pessoas acreditam que as eleições americanas têm um impacto “muito elevado/elevado” no seu país. 38% considera que Kamala pode melhorar a posição da América no mundo, contra apenas 19% que acha que Trump o pode fazer. Pelo contrário, 48% dos inquiridos consideram que Trump poderá deteriorar a posição dos EUA no mundo”.

“Em tempos de grande instabilidade mundial, 32% dos inquiridos acredita que a vitória de Kamala Harris poderá ajudar na estabilidade global, enquanto 49% considera que a vitória de Donald Trump poderá ter o efeito oposto. No que diz respeito ao atual conflito entre a Ucrânia e a Rússia, 59% dos participantes no inquérito aconselha o futuro presidente a aumentar o envio de recursos americanos à Ucrânia, ou a mantê-los nos níveis atuais”.

O Inquérito Internacional da Gallup International (EoY), feita em Portugal pela Intercampus, foi realizada em 43 países de todo o mundo. Foi entrevistado um total de 40.888 pessoas em todo o mundo. Em cada país, foi entrevistada uma amostra representativa de cerca de mil homens e mulheres durante outubro de 2024, quer pessoalmente, quer por telefone ou online. A margem de erro do inquérito é de ±3-5% para um nível de confiança de 95%, referem os seus responsáveis.

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