O analista Vítor Madeira disse esta quarta-feira que “qualquer euforia” com a hipótese de um IPO – Initial Public Offering da Shein em Londres deverá desaparecer depressa. O especialista da XTB recusa ainda que a entrada da marca de fast fashion na bolsa do Reino Unido, se bem-sucedida, leve um aumento no número de empresas chinesas cotadas na capital inglesa.
A decisão “deve-se, em grande parte, a questões regulamentares relacionadas com o IPO em Nova Iorque – a localização preferida”. “Por conseguinte, é provável que qualquer euforia com a potencial cotação da Shein em Londres desapareça rapidamente”, refere o analista, em research consultada pelo Jornal Económico.
Vítor Madeira diz que se a Shein entrar na praça londrina poderá ter uma avaliação de 50 mil milhões de dólares (aproximadamente 46 mil milhões de euros), tornando-se num dos maiores IPO em Terras de Sua Majestade.
No entanto, “é pouco provável que leve a um aumento do número de empresas chinesas cotadas na capital inglesa”. “Ainda assim – e inclusivamente porque é possibilidade que está a ser estudada – poderá tratar-se de uma medida temporária até que as relações comerciais entre os Estados Unidos e a China melhorem ou poderá até optar por cotar em Singapura ou Hong Kong”, defende o trader da XTB.
Na terça-feira, a “Bloomberg” avançou que a Shein estaria a ponderar trocar o local do IPO dos Estados Unidos (Wall Street) para o Reino Unido devido aos obstáculos que tem enfrentado do outro lado do Atlântico. Inclusive o senador norte-americano Marco Rubio, do Partido Republicano, está entre os políticos que pediram à SEC – Securities and Exchange Commission para travar a entrada da Shein em bolsa com o argumento de que é preciso saber mais sobre as suas operações na China.
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