A EURIBOR a 12 meses consolidou-se como a principal referência nos contratos de crédito à habitação em Portugal durante o terceiro trimestre de 2025, representando entre 59,6 % e 69,4 % das novas contratações, segundo a mais recente análise de mercado sobre crédito habitação do ComparaJá. Depois de atingir um pico em agosto, o indicador ajustou-se em setembro, refletindo uma estabilização gradual das expectativas sobre as taxas de juro na Zona Euro.
“O facto de a EURIBOR a 12 meses manter-se dominante é um sinal claro de confiança dos consumidores e de estabilidade no mercado do crédito à habitação”, afirma Pedro Castro, Head de Operations de Crédito Habitação no ComparaJá. “Ao mesmo tempo, a procura por EURIBOR a 6 meses demonstra que muitos mutuários ainda valorizam flexibilidade, equilibrando previsibilidade e oportunidades de ajuste futuro.”
A EURIBOR a 6 meses, segunda mais utilizada, oscilou entre 29 % e 39 % das contratações ao longo do trimestre. Esta escolha revela uma estratégia por parte de alguns clientes que procuram alguma segurança sem abrir mão da capacidade de adaptação caso as taxas variem. Já a EURIBOR a 3 meses manteve-se pouco expressiva, confirmando a preferência clara por horizontes mais longos.
Fonte: Análise de mercado Crédito habitação ComparaJá.
Segundo o relatório, a estabilização da EURIBOR a 12 meses ocorre num contexto de aumento do montante médio financiado e da procura por crédito, reforçando a tendência de consolidação do mercado. A manutenção desta referência dominante poderá ainda influenciar a forma como os bancos estruturam spreads e condições contratuais nos próximos meses, mantendo atenção especial aos perfis de risco e às faixas etárias mais jovens.
Pedro Castro acrescenta: “É fundamental acompanhar estes movimentos de perto. A EURIBOR a 12 meses não só reflete a política monetária europeia como também afeta diretamente a capacidade de planeamento financeiro das famílias portuguesas.”
O trimestre confirma, assim, um mercado de crédito à habitação que combina estabilidade nas taxas de referência com alguma flexibilidade para os mutuários, especialmente em segmentos sensíveis às flutuações da taxa variável.
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