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Taxas Euribor a subir? Consulte este simulador para saber quanto lhe vai pesar no bolso

Com a criação deste simulador da variação da Euribor no Crédito Habitação, a empresa especialista em finanças, “Doutor Finanças”, procura oferecer uma ferramenta que torne possível perceber antecipadamente o que pode acontecer à prestação da casa num período de subida de juros.
20 Maio 2022, 10h05

Na sequência da subida das taxas Euribor, o Doutor Finanças, empresa especialista em finanças pessoais e familiares, lançou um simulador de variação da Euribor com vista a perceber o impacto desta subida nas prestações de quem tem um contrato de crédito Habitação.

Antes de avançar com a simulação nesta calculadora, reúna as informações referentes ao crédito que contraiu: prazo da taxa Euribor (European Interbank Offered Rate), montante em dívida, número de prestações previstas até ao final e o spread (margem de lucro da entidade bancária).

É preciso também avaliar qual a sua taxa de esforço atual e a sua oscilação num contexto de aumento de juros. Se quando contratou o crédito habitação, a taxa de esforço era de 30% (limite máximo recomendado), provavelmente a atual prestação de crédito não deixa o seu orçamento demasiado apertado. Contudo, se tem outros empréstimos ou cartão de crédito, o cenário pode ser distinto.

Assim, é necessário também simular a sua taxa de esforço, que não é a relação entre o rendimento mensal líquido do seu agregado familiar e as suas despesas. Para ser mais simples fazer os cálculos, é possível recorrer ao simulador de taxa de esforço da Doutor Finanças.

Num cenário de aumento do custo com o crédito pode ser recomendável a revisão dos encargos, de forma a reequilibrar o orçamento familiar. Se tiver vários empréstimos a correr, e estes pesarem 50% ou mais nos seus rendimentos é recomendável que atue de forma célere.

Impacto real do aumento da taxa

Quanto ao impacto real, o Doutor Finanças explica que, por exemplo, uma pessoa com um crédito de 100 mil euros, com um spread de 1,2% e com 300 prestações ainda em falta, pagará 367,13 euros por mês, considerando a taxa Euribor a seis meses de março (menos 0,417%). Num cenário em que média da Euribor aumente para 1%, esta prestação aumenta quase 19 euros para 385,99 euros.

Contudo, não é possível antecipar a dimensão da subida das taxas Euribor daí ser difícil saber com antecedência qual o valor máximo da prestação. O Doutor Finanças realça que neste cenário o BCE atua “de forma moderada” na medida em que sobe as taxas progressivamente.

Só em casos excecionais é que estas subidas são mais agressivas, tal como durante a crise financeira mundial de 2008. Tendo isto em conta, os mercados financeiros preveem que nos próximos anos as taxas de juro na Zona Euro se mantenham em cerca de 1% e 1,5%. Neste cenário, e com uma Euribor de 1%, o empréstimo acima exemplificado de 100 mil euros, compreende uma prestação de 434,15 euros, mais 67 euros do que o valor atual.

Euribor: tendência mudou em fevereiro

As taxas da Euribor registavam descidas desde 2015, devido aos cortes de juros do BCE após a crise financeira mundial. Desde fevereiro deste ano que a tendência mudou, tendo a inflação levado à necessidade de o BCE atuar, e as taxas Euribor começaram a aumentar.

Consequentemente, a taxa Euribor a 12 meses já subiu para valores positivos, com a média mensal de abril subindo para 0,0131%. As taxas a seis e três meses continuam em valores negativos, mas estão a aproximar-se do zero.

O CEO do Doutor Finanças, Rui Barrada, alerta para o facto de “já não haver dúvidas quanto ao aumento das prestações de crédito habitação, pois essa realidade vai mesmo acontecer”. O que é preciso verificar “é quando e quanto vai aumentar. É necessário anteciparmos todos os cenários possíveis, de forma a estarmos preparados”.

Assim, com a criação deste simulador da variação da Euribor no Crédito Habitação, a empresa especialista em finanças procura oferecer uma ferramenta que torne possível perceber antecipadamente o que pode acontecer à prestação da casa num período de subida de juros, recomendando ainda fazer “alguns ajustes ao orçamento mensal para não arriscarmos a nossa estabilidade financeira”.

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