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Euro deverá manter-se estável em 2019, prevê fintech Ebury

Estudo da Eburay antecipa que a moeda única se manterá estável. Previsão baseia-se na hipótese de que o Banco Central Europeu assinale que estará pronto para aumentar as taxas de juro antes do final de 2020.
  • Cofre no Banco de Portugal
31 Janeiro 2019, 07h47

O euro deverá permanecer relativamente estável face ao dólar em 2019, com uma ligeira apreciação da moeda única no final do próximo ano, prevê um relatório da fintech Ebury. Os autores Enrique Díaz- Alvarez, Matthew Ryan e Roman Zurik explicam que a previsão se baseia na hipótese do Banco Central Europeu (BCE) assinalar que estará pronto para aumentar as taxas de juro antes do final de 2020.

De acordo com o relatório “Revisão das previsões para as moedas do G3” a taxa EUR/USD deverá fixar-se em torno de 1,15, com “uma ligeira apreciação do euro em 2019”.

“Mantemos a nossa aposta numa taxa EUR/USD praticamente estável em 2019, em torno de 1,15. No entanto, prevemos agora uma ligeira apreciação do Euro, até ao final de 2020”, refere.

O relatório da fintech antecipa ainda um ritmo de subidas da Reserva Federal norte-americana mais lento este ano, a que acresce “a antecipada elevada probabilidade de nenhuma subida do BCE até 2020” e a “ausência de sinais de recessão nas principais economias mundiais” como os principais fatores que irão afetar o valor do dólar.

Os analistas antecipam ainda uma ampla recuperação das moedas de mercados emergentes contra o dólar em 2019, enquanto é esperada uma apreciação de longo prazo da Libra face ao Dólar americano e ao Euro, “o que tornaria aquela moeda uma das moedas com melhor desempenho do G10”.

Relativamente a 2018, os analistas apontam que a moeda única perdeu mais de 7% do seu valor durante o ano passado, com o dólar a ganhar terreno e as preocupações sobre o abrandamento económico da zona euro. Paralelamente, apesar de ter perdido terreno no final de 2018, a divisa dos EUA terminou “o ano muito mais forte do que começou”, tendo valorizado face a outras moedas do G10, com exceção do Iene japonês.

Já o valor da Libra no ano passado refletiu a incerteza em torno do Brexit e o receio de uma saída “sem acordo”, o que se refletiu em níveis cerca de 10% abaixo do Dólar norte-americano nos últimos nove meses e gerando uma espiral de queda que desceu, em dezembro, até aos valores mais baixos desde abril de 2017.

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