O Eurogrupo, composto pelos ministros da Economia e das Finanças da Zona Euro, decide esta quinta-feira, em Bruxelas, o quão restritiva será a política fiscal do próximo ano, considerando a inflação persistente e a “recessão técnica” em que a economia entrou no primeiro trimestre do ano.
A inflação na Zona Euro continua em níveis elevados: 6,1% em junho, segundo dados preliminares do Eurostat, apesar da política monetária levada a cabo pelo BCE.
A Comissão Europeia tem vindo a pedir aos estados-membros que retirem os estímulos lançados no início de 2022 para aplacar a crise energética desencadeada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.
De igual modo, o Banco Central Europeu (BCE) tem apelado aos governos da Zona Euro que reduzam os apoios à economia, como aconteceu, recentemente, no fórum anual do BCE em Sintra, com a presidente da instituição, Christine Lagarde, a insistir que é tempo de os governos deixarem cair os apoios.
Fontes diplomáticas citadas pelo espanhol “El Economista”, consideram existir amplo consenso entre as instituições europeias de que a política fiscal do próximo ano deverá ser restritiva e não deverá estar articulada na base dos estímulos generalizados à economia.
O que se pretende é atacar o clima de elevada incerteza e munir os países de capacidade de reação para o caso da economia piorar, construindo almofadas fiscais que evitem que o BCE seja obrigado a subir as taxas de juro em demasia.
Os ministros das Finanças da Zona Euro terão sobre a mesa outros temas importantes, como o euro digital e a união do mercado de capitais.
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