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Eurogrupo: Donohoe mantém liderança face à desistência dos opositores

O espanhol Carlos Cuerpo e o lituano Rimantas Sadzius abandonaram as suas candidaturas para liderar o Eurogrupo, em nome da estabilidade. Mas o lituano não quis deixar de lembrar que a liderança precisa de mais dinamismo e afirmação.
7 Julho 2025, 15h52

O espanhol Carlos Cuerpo e o lituano Rimantas Sadzius abandonaram as suas candidaturas para liderar o Eurogrupo, abrindo caminho para que o atual presidente, Paschal Donohoe, garanta um terceiro mandato à frente do grupo de 20 ministros das Finanças da zona euro. Cuerpo, o ministro da Economia espanhol, anunciou o abandono da campanha na tarde desta segunda-feira.

“Temos tentado reunir apoio nas últimas semanas, incluindo conversas nos fins de semana, e os números não chegam, de alguma forma, aos 11 votos de que precisávamos”, disse Cuerpo, citado pelas agências internacionais. Era o candidato mais forte em relação ao irlandês Donohoe, mas, mesmo assim, desistiu. “É por isso que decidimos que, uma vez que esses votos não foram garantidos, é realmente melhor para o Eurogrupo evitar a fragmentação”, acrescentou.

Sadzius, que é ministro das Finanças da Lituânia, assumiu a mesma posição logo a seguir, dizendo que também renunciava para favorecer a reeleição de Donohoe por unanimidade. Sem ninguém a opor-se a Donohoe, os ministros das Finanças da zona do euro agora devem estender o mandato do irlandês por mais dois anos e meio, sem terem sequer que recorrer a uma votação formal.

“Paschal Donohoe tem um apoio muito forte, e nem eu nem o ministro Cuerpo temos o mesmo”, disse Sadzius. Mesmo assim, não quis deixar de criticar, de alguma forma, o ‘novo’ líder do Eurogrupo, recordando que Donohoe, um conservador, foi criticado pela sua abordagem demasiado cautelosa e baseada em consensos, e enfrenta “uma forte pressão de todos os lados para ser mais dinâmico e mais focado”. Sadzius pediu ao irlandês que organize reuniões mais curtas e coordene melhor o Eurogrupo, com uma configuração mais eficaz dos encontros dos ministros das Finanças, conhecidos como Ecofin.

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