O crescimento da procura de gás natural liquefeito (GNL) da Ásia pode abrandar este ano, à medida que os compradores estão a observar preços recorde, impulsionados pela invasão da Rússia à Ucrânia.
De acordo com a “Reuters”, os elevados preços que se verificam desde o final do ano passado já tinham abrandado o comércio e são suscetíveis de travar o crescimento da procura do combustível na Ásia, que é a região que mais consome este gás, mesmo quando alguns países vêem o aumento dos défices de abastecimento de gás à medida que a produção nacional diminui.
Isto acontece numa altura em que novos compradores, como é o caso das Filipinas ou o Vietname estão a ponderar entrar no mercado ainda este ano.
A empresa estatal vietnamita, PV Gas disse que “o mercado de GNL tem evoluído de forma desfavorável para os compradores, uma vez que o fornecimento deverá ser apertado durante o período 2021-2025, enquanto a procura está a aumentar depois da pandemia”. A empresa deverá testar o primeiro terminal de GNL do país no quarto trimestre deste ano.
A empresa diz ainda que “isto levará a uma forte subida dos preços nos próximos anos, sem sinais de abrandamento no curto prazo.”
O preço de referência de GNL da Ásia, avaliado pela S&P Global Platts, atingiu na segunda-feira um recorde de 84,762 dólares por milhão de unidades, devido aos preços elevados na Europa. Isto acontece porque os compradores estão à procura de fontes de energia para substituírem o gás e GNL da Rússia.
A consultora Wood Mackenzie espera que o crescimento da procura de GNL asiático desacelere para 2% em 2022, de 8% em 2021. Valery Chow, vice-presidente da consultora disse que “em contrapartida, a procura europeia de GNL deverá aumentar pelo menos 20% em 2022, refletindo a redução dos fluxos de gasodutos russos e a necessidade de repor os níveis de armazenamento de gás europeus esgotados”.
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