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Europeias: mais de metade dos portugueses não sabe o nome de um único eurodeputado

Uma sondagem feita pelo ISCTE /ICS para a SIC e o Expresso revela que a maioria dos portugueses concorda que Portugal beneficia por fazer parte do projeto europeu, mas 34% dos inquiridos não sabem em quem votar no próximo domingo. 
24 Maio 2019, 10h51

A dois dias das eleições europeias, uma sondagem feita pelo ISCTE /ICS para a SIC e o Expresso mostra que mais de metade dos portugueses (69%) não sabe o nome de um único eurodeputado. A maioria dos portugueses concorda que Portugal beneficia por fazer parte do projeto europeu, mas 34% dos inquiridos não sabem em quem votar no próximo domingo.

Quando incitados a identificar pelo menos um eurodeputado português, 54% dos inquiridos admitem que não sabem, 14% dizem um nome incorreto e os restantes 1% preferem não se pronunciar. O desconhecimento sobre quem representa os portugueses no Parlamento Europeu verifica-se sobretudo entre os jovens até aos 24 anos. Apenas 47% dos inquiridos desta faixa etária, consegue dizer o nome de um deputado português no Parlamento Europeu.

O cabeça de lista do PSD a estas eleições, Paulo Rangel, é o eurodeputado mais conhecido entre os portugueses. O nome do candidato foi referido por 13% dos inquiridos que conseguiram apontar pelo menos o nome de um eurodeputado. Segue-se a eurodeputada do PS Ana Gomes, que é conhecida por 8% dos inquiridos, o centrista Nuno Melo (4%) e a cabeça de lista bloquista Marisa Matias (3%).

Ainda que não conheçam os eurodeputados que os representam, os portugueses sabem para que servem as eleições europeias e reconhecem a importância de pertencer ao projeto europeu. Numa avaliação de um a 10, os portugueses avaliam com 6,9 pontos aos benefícios de Portugal ser Estado-membro. Já a avaliação dos benefícios de uma eventual saída da União Europeia (UE) é de apenas 1,7 pontos.

Os inquiridos nesta sondagem preferem também o euro ao regresso do escudo. De um a 10, os portugueses avaliam a sua satisfação com o euro em 5,9 pontos. A sondagem revela ainda que 66% dos portugueses acreditam que as decisões económicas da UE têm grande impacto em Portugal e 47% consideram que estas deveriam condicionar mais as políticas económicas nacionais. No entanto, mais de metade dos portugueses estão insatisfeitos com a forma como funciona a democracia na UE.

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